2024
Ando há dias a pensar que tenho de escrever o post "2024", mas não sei o que escrever. Fui reler os últimos 10 post de cada ano para me inspirar. Nada me ocorre.
Será bom ou mau sinal?
Obrigo-me a fazer listas para tentar encontrar inspiração. Se ela não vier, o post ficará assim. Não haverá reflexão profunda (houve alguma vez em 2024?), teremos apenas uma check list.
[É a minha terceira tentativa. Vai ficar assim.]
Por causa do Pedro, ou graças ao Pedro, fui ao Avante! e senti uma liberdade sem amarras ao dançar, pela primeira vez, a Carvalhesa.
Fumei uma ganza com o pai cá de casa numa tentativa de continuarmos jovens? Numa tentativa de sentirmos aquilo que sentíamos há 20 anos? Num tentativa de quebrarmos a rotina? Independentemente da análise que poderia ser feita ao momento, ri-me muito e siga!
A certeza cada vez mais evidente que gosto muito de pouquíssimas pessoas e suporto, porque tem de ser, muitíssima gente. Seria capaz de viver isolada, rodeada de livros, gatos, pão, vinho e queijo. Vá, não vou ser falsa, e acrescento Internet, claro, e 5 pessoas ou 6, vá, na loucura.
O 19,4 no exame de Economia do Tiago deu-me um grande momento de felicidade e orgulho. Tive vontade de partilhar com todos, mas só o fiz com quem gosto mesmo muito. E só aqui o escrevo agora porque faz parte do nosso 2024.
Passei a crer que o Pedro possa eventualmente seguir a carreira de guarda-redes de futsal. Depois de um ano horribilis, em todos os sentidos, o miúdo voltou a dar nas vistas durante os jogos. Decidi acreditar no sonho dele e fazê-lo acreditar sempre que pode lá chegar. Se não conseguir, logo veremos que caminho trilhará. Por enquanto, estou, pela primeira vez, a torcer a 100% por ele e com ele.
Fará sentido voltar a escrever que as melhores férias são sempre a 5 na ilha de Armona e que as cores, os cheiros, os sorrisos, as piadas e os silenciosos da ilha estão sempre connosco, ámen?!
Fiz uma formação da federação de futebol e sou, de 15 em 15 dias, segurança do recinto desportivo onde decorrem os jogos de futsal do meu mais novo. Eu, que já chamei, num momento de loucura que me envergonha, "palhaço" ao árbitro duas vezes seguidas, tenho esta responsabilidade. Uma pessoa não sabe para o que está guardada. Futura d. Dolores do futsal oblige...
Vivi com muito fervor os 50 anos do 25 de Abril.
Engordei, emagreci, voltei a engordar e a emagrecer. Tudo normal.
Tenho estado a afastar textos, telemóveis, livros e ingredientes para ver melhor. A idade chateia.
A viagem a Madrid foi muito boa. Continuo a adorar a nossa dinâmica quando estamos fora.
Tivemos saúde. Vimos o Tiago e o Pedro a crescerem, com tudo o que isso implica. Nem sempre é fácil, mas não podemos dizer que é difícil. É o que é.
O Tiago continua meigo. O Pedro está muito mais meigo comigo.
Como somos tudo o que carregamos, noto que o Pedro é cada vez mais a família paterna da minha mãe e que o Tiago é cada vez mais o lado do pai cá de casa. Estão a jogar Fifa agora mesmo e riem aquele riso que me aquece o peito. 2024 foi talvez só isso: sorrisos e partilhas que me aquecem a alma e tudo o resto foi esquecido. "C'est payé, balayé, oublié, je me fous du passé" como disse a Piaf.
Que 2025 seja igual.
Este blog continua a ser, ano após ano, um sítio que não quero perder. Gosto de cá vir, ler o que escrevi há 15 ou 5 anos. Gosto do silêncio do blog. Sei de antemão que ele estará comigo ao longo de 2025 também. Conto convosco também, claro.
Comentários