Dia 12

Ando perdida nessa coisa de confinamento. Na verdade, tal como a MaryQA dizia, é difícil saber se hoje fechamo-nos às 13h, às 15h ou até se é dia de soltura. Adiante, não estão cá para ler coisas sobre isso. 
Hoje, dia 1 de janeiro, acordei sem ressaca, por isso tratei de mim e vesti-me. Por regra, no primeiro dia do ano,  não dispo o pijama, não almoço e fico a dormitar no sofá o dia todo. Triste, eu sei. 
Hoje, dizia eu, acordei muitas horas antes dos outros. Bebi café no jardim, a receber  raios de sol, e lá fiquei até sentir as primeiras gotas de chuva no rosto. Fui limpar os vestígios da nossa passagem de ano, a pensar que 2021 trazia também um mau augúrio: a morte do Carlos do Carmo. O que querem, a cena pessimista de 2020 não desaparece de um dia para o outro. 
Depois, ó meus caros leitores, o dia 1, com ou sem ressaca, com ou sem recolher obrigatório, será sempre um momento de preguiça absoluta: quatro lontras a devorar filmes uns atrás dos outros.  

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