Fevereiro
A minha avó dizia muitos provérbios. Utilizava muito os saberes de outrora para explicar algo. Dizia também muitas vezes frases feitas que continham a sua verdade. Há quem tenha como verdade aquilo que o método científico comprova, outros têm-na através da IA, coitados, e a minha avó a da tradição oral.
(Para justificar ações, boas ou más, de qualquer pessoa, para me explicar por que razão tenho filhos diferentes ou para rematar a conversa sobre determinado indivíduo, dizia "Temos cinco dedos na mão e nenhum é igual". Sempre adorei a expressão e o ar dela a dizê-la.)
Há um provérbio, que só ouvi da boca dela, que me diz muito. Tem a ver com Janeiro, que nunca mais acaba (e que me deixa depressiva), mas sobretudo com a chegada de Fevereiro, pois a partir de agora, temos mais luz, menos cinzento e tudo fluirá normalmente. É uma esperança.
Aidita, "Fevereiro é dia, logo é Santa Luzia"! Que bom!
E eu já posso sair da minha caverna.
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