No meu local de trabalho, gostava de ser uma pessoa com uma resposta pronta na ponta da língua. Quando me dizem umas coisas que considero injustas, desfasadas da minha realidade ou simplesmente idiotas, gostaria de conseguir dizer algo que mostrasse o meu ponto de vista, que me defendesse e que conseguisse rebater o argumento contrário. Sou incapaz de ter destreza mental para isso. Balbucio coisas superficiais que não dão a entender ao outro a minha visão e/ou que não gosto do tom ou do conteúdo com que se dirigem a mim. Não é um "ouvir e calar", é mais um "ouvir e dizer pouco". ( Há uns anos, antes de fazer psicoterapia, seria um "ouvir e chorar", um clássico da minha vida de outrora em momentos de confrontos .) Depos desse "ouvir e dizer pouco", fico atormentada. Fico a remoer durante horas o que foi dito e o que deveria ter dito. E fantasio diálogos imaginários em que sou a maior a defender-me. - Isso, Tella - penso eu - assim é que se...
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- E o Tiago? - perguntam duas ou três pessoas. Está contente com o curso, com a faculdade, com as festas, com o rally das tascas, com o jantar dos caloiros and so on. ..Embora tenha já conhecido pessoas novas, continua a andar muito com os colegas da turma dele do secundário, que também estão por lá. Enquanto mister, está bem. O objetivo delineado por ele é só um: a diversão. Se ganharem melhor ainda, mas não quero pressionar crianças de 9 anos a nada disso. Quer que gostem da modalidade e que sejam felizes, mesmo na derrota. Apesar da pesada derrota de ontem, todos vibraram com o único golo que marcaram e, disso, fizeram uma festa. Estavam todos felizes. O Tiago tem mesmo jeito para os miúdos. Ainda espero que ponha a vida em perspectiva, que se deixe de coisas de economia e gestão, e que seja professor do ensino primário. Nas outras esferas da vida, também está bem. Sempre de bem com a vida. Uma das melhores características dele.
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-E o Pedro? - perguntam duas ou tres pessoas. Está bem e confiante. Na sua 1a convocatória, ficou no banco. Na semana seguinte, foi ao Norte e foi titular. Saiu apenas nos 3 últimos minutos para o colega entrar. Ontem, voltou a ser titular. Jogou a 1a parte e metade da segunda. Esteve muito bem. Foi super elogiado pelo treinador que disse que ele tinha passado da 4 opção na baliza - até porque tem um ano a menos que os restantes GR - à 1a nesse dia. - O trabalho compensa. - disse-nos ele depois. Fomos os 4 jantar fora para celebrar porque, segundo ele, "eu mereço". [O selecionador nacional estava na bacanda a tirar notas.] [ Houve um momento, naquela baixa feita em milésimos de segundos que evita o golo quase garantido, em que o pai cá de casa e eu trocámos olhares e sorrisos cheios de " porra, aquele é o nosso míudo!"] [Aguentem os posts à la soccer mum. É a novidade do campeonato nacional e o orgulho de quem vê um filho a ser outra pessoa em campo, a cres...
Livro 28 - 2025
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"A Educação de Eleonor" - Gail Honeyman Ando há semanas a pegar e largar livros ao fim de meia dúzia de páginas. Nada me apetece. Nada me prende. Esta semana, ouvi o podcast da Mariana Alvim - Vale a Pena- com a Bumba na Fofinha. Ela falou tão bem do livro "A Educação de Eleanor" que resolvi ler porque o tinha cá por casa. Devorei o livro no fim de semana. Comecei na madrugada de sábado por causa da insónia e não parei mais até agora. É a história de uma mulher de 30 anos, sem filtros sociais, inadaptada e só, com quem ri e chorei. Tive vontade de ser amiga dela e de a abraçar. Tudo é bom, até o nome da psicóloga. Não vou contar nada sobre a história porque vale a pena descobrir a narrativa, sabendo que é uma belíssima personagem, com muitas camadas. 5 estrelas.
A primeira vez
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Senti ontem, acho eu, o meu primeiro afrontamento. Os sintomas foram idênticos ao que leio na net. Estávamos na rua, numa fila para ver a grande Capicua. Comecei a sentir a cara e o pescoço a ferverem. Até perguntei ao pai cá de casa se não estava com muito calor. " Não, 'tá-se bem ". Pedi-lhe depois um beijo na testa para ver se não estava com febre. Ele revirou olhos porque já não tem paciência para os meus dramas de doenças súbitas, que nunca são nada. Disse que estava normal. Não estava. Senti-me mal durante uns 15-20 segundos. O rosto e corpo a ferverem, como quando bebemos um chá quente em julho, mas em pior. Depois, passou. Fez-se luz: ooooooh, o meu primeiro afrontamento . Ele revirou olhos outra vez. Acho que foi. Foi, não foi? Aos 47 anos já pode ser? Este blog, que já foi um babyblog e que sobreviveu, poderá tornar-se num blog sobre menopausa? Veremos os próximos capítulos.