Dia 67
Sonhei em francês. Não me lembro quem éramos nem o que fazíamos.
Acordei com aquela tenue lembrança de qualquer coisa com não sei quem e que se esfumou no segundo em que achei que me lembrava. Ficou apenas a certeza que falávamos em francês.
Soubemos há pouco que não teremos a nossa casa na ilha para a primeira quinzena de Agosto. Parece o fim de um ciclo.
Há coisas realmente más a aconteceram a uma pessoa realmente boa e de quem gosto muito, muito. Numa dimensão paralela ou alternativa, vejo-a como a mana mais velha que me criou por causa da ausência de pais. Estive uma semana com essa amiga e recalquei a nhônhô que há em mim até mais não. Ficou fechada num canto recôndito. Não lhe dei o direito de aparecer durante uns dias mas ao 4, depois de mais uma notícia alarmante, ela tomou conta dos comandos durante um minuto, apenas um minuto. De resto, consegui entreter e rir-nos (talvez para não chorar) e ser nalguns momentos uma parede emocional.
A vida, às vezes, é uma merda.
Comentários