La rentrée
As aulas recomeçaram.
Não vou falar dos dias de loucura que antecederam o primeiro dia, nem nas condições em que regressamos, alunos e professores, à escola ou ainda na rentrée dos meus filhos.
Nada disso.
Vou falar da nhonho que há em mim. Ora leiam:
A entrada dos primeiros alunos no colégio - crianças pequenas do 5°ano - quase me emocionaram. Assim, tipo, que bom estar numa escola com crianças e de repente, um nó na garganta.
Mal entrei nas salas de aula, percebi que afinal tinha tido saudades do ambiente da sala, dos putos, de tudo. Foi mesmo bom. Foi esse sentimento que me levou inconscientemente a trocar a máscara das primeiras semanas ou meses do ano letivo, a saber "stôra séria que não dá confiança nenhuma" pela máscara "que fixe estarmos todos juntos e eu até sem vos conhecer (só não conheço 4 turmas das minhas 9...), faço piadas e tudo porque estar aqui é mesmo fixe".
Mal entrei nas turmas dos anos anteriores, pfff, só faltou dar abraços mas houve muitas cotoveladas de saudades e sorrisos sinceros dos putos pá. E sim, os olhos dizem muito, tanto que por uma fração de segundos pensei "olha, tu não chores, ó Tella Marie".
Não vos dou 3 ou 4 semanas para já estar fartinha mas pronto, agora estou assim a modos que a descompensar por causa das hormonas. A idade não perdoa, já sabem!
Comentários
Ponto 2) enquanto mãe e defensora da escola presencial, também eu me emocionei (muito!) no regresso às aulas... de manhã quando deixei a do meio e ouvi os meninos do pré escolar a chorar, com os pais sem poder entrar, caíram-me lágrimas de tristeza (e algum alívio por a mais nova não ter tido vaga este ano). À tarde quando a fui buscar, ver as turmas todas no recreio, com os profs a organizar as saídas, as auxiliares, tudo tão diferente de antes mas caramba, a escola está de volta - há lá coisa melhor? - e fiquei mesmo emocionada, lágrimas nos olhos.
Que raio é que nos aconteceu, mesmo?