:-(

15 dias em casa foram bons e pensaste que era para sempre, que podias ficar com a mãe e com o pai. Mas não. Hoje voltaste para a escola e foi uma gritaria. Quando virei as costas, até te engasgaste de tanto gritar/chorar. Eu chorei silenciosamente a pensar que o que eu realmente queria era ser dona de casa. Ficar em casa e tratar de ti.

Uma das reportagens da Única, neste fim-de-semana, abordava dois casos. Um pai e uma mãe que deixaram os seus empregos para se dedicarem exclusivamente aos filhos. Falaram da experiência, do preconceito da sociedade que os rotula como "dona-de-casa" , que os vê como alguém dependente do marido/mulher, do permanente trabalho em casa que não tem fim, etc. Falaram também da proximidade que os une aos filhos e sobretudo da possibilidade de assistirem às suas constantes evoluções.
Fiquei com uma certa inveja. Nunca tinha pensado nisso mas agora, acho, cada vez mais, que o nosso lugar é perto dos nossos filhos, pelo menos nos 3 primeiros anos de vida deles.
Tivesse eu capacidade financeira e estaria em casa a cuidar do meu rebanho...

Comentários

Isa disse…
Ideal seria certamente, poder acompanhar o crescimento dos filhos...
Mas na sociedade em que vivemos, com um estado que pouco ou nenhum apoio dá às famílias, nem um ano de licença de maternidade/paternidade dá aos pais sem qualquer tipo de penalização, temos de pensar que apesar do sacríficio, estamos a fazer o melhor pelos nossos filhos.
Não fiques triste... deve custar imenso sair ouvindo-o chorar, mas entretanto passa e ele fica bem.
Aproveita bem todos os minutinhos que tens com ele e o Tiago será sempre feliz!
Beijinhos
Mamã Pirata disse…
Faço tuas as minhas palavras ,já disse mtas vxs trabalho pq preciso senão ficava em casa cm o meu filho.
Acho o serviço"dona de casa" horrivel ,nunca está 100% feito mas por ele fazia-o.
Bjs solidários...custa mto sim:((
Sabes Tella, digo isso todos os dias a muita gente, incluindo a mim. O desagrado de estar actualmente numa profissão em que cada vez menos somos valorizados, faz-me ver que, acima de tudo e de qualquer coisa, eu quero é ver crescer o meu filho, educá-lo, assiti-lo, ajudá-lo. Compreendo bem as tuas palavras. Se pudesse e fosse financeiramente livre e completamente desafogada de dívidas e contas com certeza que não pensaria 2 vezes: ficava com o Gui o tempo todo.
Vai acontecer o mesmo connosco. Na 6ª feira fui levar um bolinho de páscoa à ama dele e ele quase se recusou a colocar os pés no chão. Começou logho a chorar e não queria ir ao colo dela. Antes das férias não era assim. Por cá ainda temos mais uma semana: as aulas acabaram uma semana depois de vocês... e por isso, ainda vai ter mais carinho e atenção.
Desejo-te força e coragem, pois é preciso muito de ambas para deixar um filho a chorar, resistir em pegar nele e voltar a sair porta fora e mandar TUDO às urtigas! Força amiga... e deseja-me o mesmo a mim daqui a uma semana.
beijocas
mãe pimpolha disse…
quem me dera poder ficar sempre com o meu menino.
Mesmo assim temos tido sorte e até hoje o Edu ficou sempre em casa comigo ou com o pai, mas sabemos que mais dia menos dia lá terá que ser.
_Beijocas
Maria João disse…
Mezinha para cravos (resultou comigo):
Durante 15 dias colocas à noite pasta de dentes no cravo e um penso à volta. Retiras só de manhã. Ao fim de 15 dias o cravo desaparece. O meu pelo menos desapareceu.

Em relação à reportagem da "única" que também li e apesar de não ser mãe, deixou-me a pensar no que perdem. Obviamente que ganham muito e dão muito aos filhos, mas e eles? Profissionalmente, pessoalmente? O pai tem a tal 'meia-hora' do café e jornal...não sei se viver só para os filhos é mesmo o ideal, a sério que fico cheia de dúvidas. E depois, quando eles crescerem? O que fica dos pais, para os pais? Foram ou são melhores pessoas aquelas que são de uma geração em que as mães ficavam em casa a cuidar deles?
manue disse…
pois eu fiquei 10 meses em casa com ele e foi MUITO bom, mas não queria mais! porque além de extremamente cansativo, acho que falta uma dimensão, convívio da mãe com adultos e convívio do bebé com amiguinhos!
além de que, como diz a Maria João, e depois de eles crescerem? fazemos o quê? será que vale a pena desperdiçar a carreira? não sei, cada caso é diferente...mas estou muito mais feliz desde que regressei ao trabalho, e o Lucas nem se fala, nao tem feitio para ficar em casa só comigo, quer é people!