Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2025

Ainda sobre "Pés de Barro"

Ando ainda fascinada com o livro "Pés de Barro" de Nuno Duarte. Já ouvi não sei quantos podcasts com o autor, já lhe enviei mensagem (e obtive resposta super simpática!) e já vi um documentário sobre a construção da ponte.   O autor, para além de escrever muito bem e de ter criado o excelente romance, é uma pessoa de bem, com os valores certos.  Estou mesmo fã. Já falei tanto dele, que tenho 5 colegas a ler o livro... Vale muito a pena. 

Livro 12 de 2025

 " Levarei o fogo comigo" de Leila Slimani Este é o terceiro livro sobre a saga familiar de Mathilde, a alsaciana que casa com um marroquino no 1° volume no "País dos Outros".  Neste, seguimos sobretudo a vida das netas, nascidas em Marrocos, mas educadas de acordo com os valores franceses, e da busca delas pela liberdade. Gostei muito da descrição de Marrocos, da cultura marroquina e das pessoas de lá.  (Lembrei-me dos meus vizinhos marroquinos, em França, do Kader e da Leila, e dos hábitos dele...) Querem saber quem são e de onde são. " Podemos ser ao mesmo tempo, daqui e de lá?"
Fui deixar o meu mais velho na escola para fazer o exame de Português do 12°ano.  Ele estava calmo e confiante. Apostou muito em Pessoa e disse-me no carro " A ter de analisar um poema, gostava que fosse Ricardo Reis ." Veremos. Estou aqui com um apertozinho no peito. 

Fim de ciclos

Acabam, hoje, as aulas do 12°ano do meu mais velho e as aulas do 9° do meu mais novo.  Ambos terão exames de Português e Matemática.  Os meus níveis de ansiedade vão duplicar, está visto. Não haverá chá de camomila suficiente para me acalmar... (E eu sobrevivi a mais um ano letivo.)
Ando a chorar por tudo e por nada...outra vez. É a saída do Pedro do CDG,  é a despedida dos alunos do 12°ano, inclusivamente do meu filho, ele é a despedida às minhas turmas, é ouvir a Inês do 9°D a fazer-me um discurso muito bonito, é ouvir o programa especial da Rádio Renascença sobre violência doméstica, é falar da minha tia, vitima de violência doméstica durante 18 anos, é ouvir uma música do Sérgio,  é contar à colega o episódio que me deu em que não sabia onde estava e que dia era (foi um grande susto..), é assistir a um recital de poesia sobre liberdade na minha escola, é ouvir uma aluna cantar Manuel Freire, é ouvir uma médica a falar de Gaza, é ler comentários racistas (e sei que "por cada grunho, um punho, em sentido contrário", como diz a Capicua, mas...) Ando sensível, mais nhonho que o habitual. Também ando muito cansada ou poderá ser um sinal da menopausa?