Dia 3

Ontem estivemos os 4 a trabalhar. Estive sempre ligada aos meus alunos e aos meus colegas. Tive muito trabalho e cheguei à conclusão que dar aulas presencialmente exige menos do que assim, através de um PC, respondendo um a um às suas dúvidas. Tenho 210 alunos, mais coisas menos coisa. Pfff. Tenho de me organizar mas eu não sou muito boa nisso.
Os miúdos começaram a trabalhar e o Pedro, ao fim de pouco tempo, já perguntava "posso fazer uma pausa?".  O Tiago está focado na ficha de matemática e ocupa-lhe muito tempo. Obrigada professora V.!
O dia foi trabalho e trabalho. Estivemos,  o pai cá de casa e eu, em vídeo-chamada ao mesmo tempo, na mesma mesa de trabalho. Senti o que é trabalhar num open space.
Fiz uma vídeo-chamada para os meus pais que acabou em choradeira. Mostrei-lhes a minha preocupação com o que estava a acontecer, o meu pai respondeu-me "não podemos ter medo. Não, filha, não podes." com a voz emocionada, os olhos cheios de lágrimas, mas sem acreditar no que dizia. Fingi que ele estava a conseguir reconfortar-me. No fim, depois dos "beijinhos, gosto muito de vocês", a minha mãe desatou a chorar a falar dos netos. "Esta mulher está doida" dizia ele, já sem conseguir aguentar as lágrimas também. 
Também me emocionei com a parte final do discurso do Marcelo, eu que não simpatizo com ele. Gostei muito do discurso do Costa na Assembleias e do Rui Rio. É bom saber que ainda temos estadistas.
Voltámos a fazer 32 minutos de ginástica com a PopSugar:  32 minutes to born calories. Desta vez o pai cá de casa também fez. Ando a stressar com a comida que se come e com as calorias que não se queimam. Tenho pena de não ter uma bicicleta ou uma passadeira em casa. O pai cá de casa inventou uma mesa de ping-ping com a mesa da cozinha. Eles jogaram pelo menos 1 hora. 
Ao serão, pedi-lhes um abraço e isso foi reconfortante: estamos juntos.

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