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A mostrar mensagens de julho, 2019

Férias

Yap, chegou a nossa vez. 

Fumei o meu último cigarro no dia 25/07

No outro dia, fui sair com colegas e fumei 2 cigarros. Uma colega, que só fuma quando sai, disse-me "A partir do momento em que os filhos estão criados, devemos transgredir o socialmente correto e quebrar as regras. O importante é saber que só o podemos fazer quando saímos."  O primeiro  cigarro soube-me pela vida. Juro que naquele momento também achei que devíamos infringir até as nossas próprias convicções para pôr em primeiro lugar o nosso prazer. Fui uma vendida, eu sei. Quando lhe cravei o segundo, soube horrivelmente mal. Apaguei-o de imediato e nunca mais senti vontade de fumar. 

Livro 29 - 2019

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" A Morte de Ivan Ilich" - Tolstoi A minha primeiríssima incursão nos clássicos russos. Muito bem escrito, com rigor, aquele rigor que só as pessoas de Leste têm, creio. [A minha comadre é de Leste e é exatamente assim.] Acompanhamos os últimos meses de Ivan, num sofrimento atroz para morrer. Mostra-nos um homem que sempre fez o que devia ter sido feito e há por isso uma pergunta latente ao longo do conto de 80 páginas. A vida; o que se vive e a maneira como se vive; para quê? Porquê?
Fumei o meu último cigarro no dia 3 de agosto de 2015, no mesmo dia em que comecei a correr. Nunca mais senti vontade de fumar até agora. Há uma semana que só penso nisso. Apetece-me um. Só um. Resisto a ideia e vou comer qualquer coisa para compensar ou aliviar. Devia ir correr, eu sei, mas não me apetece. (Este mês corri apenas 16 km e no anterior foram apenas 13.) Hoje, cravei um a uma colega. Ela ficou a olhar para mim e disse-me taxativamente "'tás parva? Claro que não". Quase que tive medo.

Quando não vais para nova também te tornas parva?

Numa loja de soutiens, uma vendedora tenta impingir-me um artigo pouco prático.  Ela [que pensa que será jovem e gira para sempre e que somos e seremos sempre assim] : Mas eu também tenho e fica-me bem e e é super confortavel. Eu [que não vou para nova e que sinto isso muito na pele] :  Aos 20 tudo nos fica bem. Quando tiver a minha idade, logo verá quem tem razão. Não quero, obrigada. Ya... Foleiro, je sais.

Livro 28 - 2019

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"Arquipélago" de Joel Neto é um livro 5 estrelas. Em cada frase, descobri os recantos da Ilha Terceira nos Açores: as variáveis climáticas com um céu plúmbeo ou com um sol primaveril, as paisagens maravilhosamente descritas, os manjares de La Salete cujos paladares eram descritos como autênticos orgasmos, as suas gentes, sobretudo os velhos vestidos de preto, as suas falas e as suas tradições. Temos depois o resto da narrativa, que também é surpreendente, embora seja normal : uma história de amor, recomeços e mistérios.  Depois de o ler, tive uma certeza. Vamos voltar a encher uma caixa com moedas de 1 e 2 euros para conhecer a ilha Terceira e a freguesia de Terra Chã. 
Há muitos anos, muitos mesmo, não bebia vinho. Depois, aos poucos, fui bebericando apenas vinho branco ou verde. Passaram-se mais uns anos e fui bebendo também vinho tinto, mas só alentejanos. Tomei-lhe o gosto e deixei os brancos e verdes.  Quando comecei a saboreá-lo verdadeiramente, a apreciar mais um em detrimento de outro, aventurei-me pelos vinhos do Douro. Descobri um novo mundo e também descobri que tinha sido uma tonta ao limitar os vinhos de acordo com as zonas geográficas.  Comecei a ler os rótulos das garrafas compradas para saber o nome das castas. Antes de comprar um vinho, vejo quais as castas que o compõe. Deixei de beber vinhos melhores em copos banais. Agora, qualquer vinho é bebido num copo especial. Voltei a beber vinho branco e verde. Se não houver vinho bom, mas mesmo bom, bebo água, na boa.  Enfim, o vinho passou a fazer parte da minha Santíssima Trindade, juntamente com queijo e pão.  Perguntar-me-ão por que razão um post sobre vinhos a esta hora, c

Livro 27 - 2019

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A partir da biografia da Marie Curie, a autora tece comentários sobre a (sua) vida e o seu luto. É intessante conhecer a vida da cientista, que teve de se afirmar num mundo masculino no início do século  XIX e a autora tem considerações pertinentes sobre várias coisas, embora nada muito profundo. 

Adenda ao post anterior

7) Não fiques admirada por ainda te divertires tanto com ele. 

O pai cá de casa fez anos, yeeeah!

O pai cá de casa fez anos. Fomos comemorar e beber copo(s) num sítio giro, moderno e tal. Factos a ter em conta para as próximas saídas: 1) Não fiques admirada por serem os mais velhos e grisalhos do sítio; 2) Não fiques admirada por alguns gajos novos (vá, foram dois, na verdade) se meterem...com o pai cá de casa; 3) Não fiques admirada por serem os únicos portugueses; 4) Não fiques admirada por te pedirem 9 euros por um mojito; 5) Não fiques admirada por estares com uma grande dor de cabeça no dia seguinte; 6) Não fiques admirada por pensar, no dia seguinte ao olhar-te ao espelho, "aaah, se eu tivesse ficado no sofá a ver HBO ou Netflix, estaria com melhor ar".

Momento(s)

Aquele momento que tem o efeito 2 em 1 porque é o momento triste em que tens irremediavelmente de comprar calças número 40 porque nada te serve mas que se torna também o momento motivacional em que acordas dois dias seguidos muito cedo para ir correr 5 e 6 km respectivamente.* *Não é grande coisa para já mas quero que seja um início de qualquer coisa. 

Livro 26 - 2019

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Gostei muito do livro. É daqueles romances que lemos num ápice. Fala das expetativas que os pais colocam nos filhos, desejando que estes tenham a vida que eles sonharam para eles mas que nunca conseguiram alcançar. Mostra de forma dolorosa como os pais conseguem destruir os filhos. 

Livro 25 - 2019

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O meu primeiro livro do Paul Auster. Gostei bastanteg: bizarro e intrigante.

O Mister

Acabou a época desportiva do Tiago. Fechou com o torneio de 4 dias na Adrep. Fui apenas ter com ele na sexta-feira e estive sempre completamente envolvida. Aliás, hoje acordei com o cântico  "Eu vou ficar / louca da cabeça / nada me interessa/ a F está a jogar ". O treinador do Tiago é um homem que fez um trabalho notável, que desenvolveu sobretudo o sentimento de coesão, de camaradagem e de respeito entre as crianças.  É um homem para quem os miúdos estão acima dos resultados; que tem um jogador autista que entra em todos os jogos nas duas partes; que diz sempre aos atletas "divirtam-se" antes de entrar num jogo; que tem um menino refugiado a quem oferece chuteiras da Adidas; que deve ter mel porque os miúdos querem sempre ir no carro dele para os jogos, fazendo com que haja lágrimas de alguns se não houver lugar para eles; que fez um discurso com a voz embargada, no último jogo do torneio e da época, depois de perder nos penalties, que deixou a equipa e a ban