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A mostrar mensagens de maio, 2024

Leitura 13/2024

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  "Na Terra dos Outros" - Manuel Abrantes Depois de ler este post , resolvi ler o livro. É a história de Maria do Carmo, que em 1971, com 11 anos, vai para Lisboa servir e ser criada . Acompanhamos a história dela até 2019.  Gostei bastante. 4 estrelas

46 anos

 No dia em que fiz 46 anos, a 14 de maio para os mais distraídos, tive de ir, com o meu irmão, a Guimarães, ao funeral da minha avó.  Nem sempre me lembrei que fazia anos nesse dia. A minha mãe deu-me os parabéns a meio da tarde, a chorar, em frente à capela. Não senti que fazia anos. Foi um dia estranho.  E, no entanto, fiz 46 anos. Fiz anos rodeada do irmão e pais, sem filhos ou pai cá de casa. Não passava o dia de anos com eles há talvez 31 ou 32 anos. Não sei se voltará a acontecer. Foi estranho também por isso. Na verdade, essa parte foi boa. Estávamos os 4 no carro e rimos bastante, como forma de afastar a tristeza. Foi bom estarmos os 4 nesse dia. E é estranho dizer isso no dia em que nos despedimos definitivamente da avó Monteira.

Adelaide (1930-2024)

 Já falei da minha avó do Norte por aqui. Era a avó Monteira.  (E sorrio enquanto escrevo Avó Monteira...)  Era uma mulher do Norte. Dizia "foda-se" como quem diz "pois" ou "tipo". Era uma espécie de bengala linguística. Com os meus 9 ou 10 anos, disse a frente dela "foda-se", sem ter noção que era um palavrão. Ralhou imenso comigo, rematando o monólogo com uma frase que me atormentou durante alguns anos: - Sempre que dizes essa palavra, Nossa Senhora de Fátima vira-te as costas durante 24 horas. Ora, achei aquilo estranho porque ela dizia sempre aquela palavra. - Avó, - disse eu - então Nossa Senhora está sempre de costas viradas para ti.   - Está. Por isso é que tenho uma vida triste.    A Adelaide Mendes Monteiro tinha uma vida triste.  Teve uma vida triste. Morreu hoje. 

Campeões!

  Campeões,  Campeões,  eles são campeões! (E não, não estou a falar do Sporting! Ide ler post anterior.)

Do futsal

O meu mais novo joga hoje o último jogo do campeonato. A equipa já tem o segundo lugar garantido,  mas sonha com o primeiro e a consequente subida de divisão.  Serem campeões não depende exclusivamente deles. Têm de ganhar o jogo de hoje e a equipa que está em 1°lugar tem de perder ou empatar. Se os outros ganharem, ficaremos em segundo lugar a 1 ponto do primeiro. Houve muita matemática aqui por estes dias. E esperança.  Tanta! E discursos motivadores. E vontade que o pavilhão esteja cheio para os apoiar. (Eu própria,  pela primeira vez, partilhei uma cena do clube a convidar as pessoas a verem o jogo. ) Diz a equipa que a escola do bairro, onde grande parte estuda, vai lá estar em peso.  Veremos.  Vive-se uma euforia que me assusta porque eu sou sempre aquela que tem expetativas baixas para não sofrer muito. Guardo-as para mim, claro. Digo que acredito, mas sem acreditar plenamente. Queria antecipar a queda porque sei o que a derrota significa no Pedro, assim como o "morrer na p