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A mostrar mensagens de julho, 2020

Livro 25 - 2020

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Voltei a ler mais um livro do Manuel da Fonseca - "Aldeia Nova". São 12 contos  sobre as charnecas e pessoas do Alentejo e mais uma vez, gostei bastante.  Dou 4 estrelas porque os contos, mesmo estes, não são a minha praia. 

Run Tella, run

Em julho, corri como nunca tinha corrido até então, tendo ultrapassado o meu record de novembro 2017 de 90,8 km . Este mês fiz 118 km. Cento e dezoito, sim. Nem eu acredito.  Pensarão talvez que quis correr pelos meses de confinamento onde o rabo esteve sempre sentado em frente ao PC ou em frente a um copo de vinho mas não foi nada disso. A culpa é da Carolina que foi partilhando comigo as distâncias e tempos dela. E aquilo teve assim um efeito meio coiso. Em cada SMS recebida, pensava duas coisas: 1) " olha-me essa! Se ela corre, eu também corro! Pfff" e arrastava-me para correr e 2) "se não for agora, não vou conseguir correr com ela na ilha" e pelos números dela, sei que será difícil acompanhá-la. Reconheço que corri apenas porque me senti picada e ainda bem porque g raças a ela, consegui 118 km, uau.  Fica a nota que corri apenas 24 km na rua, ao ar livre, e que tudo o resto foi na passadeira  com o ar condicionado no máximo. Luxos para quem pode e merece! 

Livro 24 - 2020

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"Seara de Vento" - Manuel da Fonseca  Foi recomendado por um amigo que me disse "se estás a gostar do Namora, vais adorar o Manuel da Fonseca porque cada palavra dele é um murro no estômago." Acertou em cheio. Fui logo requisitar "Seara do Vento", livro proibido em Portugal entre 1952 e 1974.  É um livro que nos dá a conhecer a vida dos Palma, família alentejana muito pobre. O livro mostra as injustiças sociais, um povo fraco e oprimido e realça o mote "o homem só nada consegue".  O livro tem um cenário triste, cinzento, escuro. Impera o negrume e percebemos que algo não vai correr bem por causa disso. O vento é um elemento sempre presente. É implacável, entra pelas telhas, pelos cantos da casa, assobia, assusta e traz com ele ódio também. É um romance magistral e imperdível.  Nem sei como nunca tinha lido este autor. Há escritores assim, que são absolutamente geniais e que não conhecemos.  Recomendo (e embora seja muito datado, acho que devia se

Quando é que sabes que não vais para nova (mais uma vez)?

Quando estou quase a postar uma foto no Instagram e o meu filho mais velho, sempre atento ao meu telemóvel,  me diz "Não podes pôr isso, pareces uma velha. Se quiseres, arranjo-te uma aplicação para pareceres mais nova."

Livro 23 - 2020

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"O Violino de Auschwitz" - M. Ángels Anglada Olhei para o título e sem saber nada do livro, trouxe-o porque sim. É a história de um luthier judeu preso em Auschwitz que tem de construir um violino para um comandante da SS.  É um livro chato, que não traz nada de novo, com personagens que não cativam e por quem não sentes nada. Nem a ideia subentendida do que o violino - a Arte - sobrevive ao horror me fez apreciar o romance. Para a semana, este livro será completamente esquecido, de certeza. Dei-lhe 2 estrelas (e não dou 1 porque há uma professora em mim que nunca dá notas tão más a ninguém). Não recomendo a não ser que queiram conhecer os limites do aborrecimento. 

Livro 22 - 2020

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"O Trigo e o Joio" - Fernando Namora Voltei ao Ferando Namora por acaso. No fim de semana, encontrei o livro na casa da aldeia. Era do avó do pai cá de casa . Como já me tinha decidido a ler mais coisas do autor, apropriei-me do livro que terá o devido lugar na minha estante. É um romance com ambiente rural como tanto gosto. É um livro do Alentejo com as suas planíces, as courelas, a ceifa, o trigo e toda uma paixão pela terra que é retratada com sensualidade, como se fosse uma mulher. É um livro sobre as gentes do Alentejo, sobre as suas dores, sofrimentos, esperanças e sonhos. O livro é apaixonante e está muito bem escrito. O Namora é um mestre. Sublinhei imensas frases como quem quisesse apreender aquelas imagens e metáforas para sempre.  Se gostam do estilo neo-realista, recomendo (e muito) o livro ao qual dei 5 estrelas.  [Vou agora ver a adaptação cinematográfica do livro realizado em 1962 e disponível no YouTube. ]

Quando é que sabes que não vais para nova?

Quando tens de lavar o cabelo com um champô chamado "magnesium SILVER" para dar brilho e suavidade aos cabelos brancos e grisalhos, ie, para que o cabelo branco não fique amarelado, à la Jorge Jesus.  [A sério,  é para isto que uma pessoa está guardada!]

Livro 21 - 2020

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"O Amante Japonês " - Isabel Allende Quando não há grande coisa para ler ou quando não me apetece ler grande coisa, recorro à Allende. Sabe contar histórias que prendem, mesmo quando quando não são grande coisa, como esta. Mas pronto, uma pessoa entusiasma-se, lê e pensa "É mesmo isso que queria: leitura leve e fácil que distrai". 4 estrelas porque cumpre o objetivo. 

Notas para tentar não perder o foco

Já consigo apertar alguns calções mas fico com a banha toda de fora. Também deixo de respirar para que tudo possa suceder.  Ainda só uso calças com elástico na cintura porque as outras encolheram, filhas da mãe. Ya, mesmo. Com os vestidos, estamos na mesma cena.  Continuo a vestir roupa da sogra, sendo este o momento certo para agradecer o universo que me arranjou uma com bom gosto e com toneladas de roupa. Podia ser uma d.dolores, com tigresses e dinheiro e fama mas não, felizmente, que depois não tinha o que vestir. Vamos então aos números: 61,7kg  34 km corrido em julho 18 dias seguidos com mais de 10000 passos. 18 dias sem álcool a mais no sangue. 

Livro 20 - 2020

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"As velas ardem até ao fim " - Sándor Márai Este livro foi recomendado por duas colegas há muitos anos mas só agora chego a ele. É um livro que fala sobre as complexas relações humanas através de dois velhos que se reencontram ao fim de 41 anos e que buscam respostas. O início do livro cativou-me mas os monólogos longos e com ideias repetidas do fim cansaram-me. Dou-lhe um 3,5 sem saber se o recomendo. 

Friends

Acabamos de ver as 10 temporadas e até me emocionei no último episódio.  Estou cada vez mais nhonho, fogo. (Recomendo porque é muito muito divertida. Vou ter saudades deles.)

Post para ideias parvas que possa eventualmente ter no futuro

Regressei fisicamente à escola há uma semana e meia. Enquanto os sogros estão na aldeia, decidimos a ocupar a casa deles, que tem espaço exterior. Tem sido estar quase de férias. Voltei então a recordar que viver na Margem Sul é sinónimo de praia depois do trabalho e de mais espaços verdes. Cheguei a romantizar a vida na Margem Sul até ao momento em que  demoro 1h30 para chegar ao trabalho. Voltei também a recordar que viver fora de Lisboa é sinónimo de filas e mais filas, de stress no pára-arranca e de horas da minha vida perdidas no trajeto escola/casa.