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A mostrar mensagens de setembro, 2019

Run Tella, run (ou não!)

Setembro 2019 = 0 km corridos. Citando os meus filhos, "mãe, quando tu eras corredora..."

Paralelismos

Ainda sobre o post anterior e também sobre o dia de hoje: muitas vezes parece que trabalho na tipografia do Ramires em 1968.

Série em família

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Acabámos de ver o "How I meet your mother" com os miúdos e instalou-se a pergunta óbvia: "E agora, que série para ver a 4, ao final do dia?" A propósito da notícia do Público que dizia que a segunda temporada da série portuguesa "Conta-me como foi" seria transmitida em dezembro, 10 anos depois da primeira, achamos que a devíamos (re)ver com os nossos filhos.  Tem sido ótimo rever a série porque agora estou mais atentas aos pormenores (é de facto uma grande série, tendo em conta o panorama português) e os miúdos aprendem como era ser criança antes dos telemóveis, da TV e da Liberdade. A não perder!

Quando sabes que há ainda uma adolescente dentro de ti

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Até estremeci quando vi que o autor de um dos meus livros preferidos me fez não 1, mas 2 likes nas minhas fotos!

Quando é que sabes que tens filhos crescidos? XXXVII

Quando o teu filho mais velho sai da escola sozinho e apanha pela primeira vez um autocarro (sem nunca ter andado de autocarro em Lisboa* sozinho ou acompanhado) para ir para casa e desfrutar da sua única tarde livre. [E chegou são e salvo, sem se perder.] *Só andamos de autocarro em Londres, num registo de turistas.

2019/20

Começou hoje o ano letivo para o Tiago e para mim.  Ele está no 3°ciclo onde também estou. Partilhamos o mesmo pavilhão e muitas vezes o mesmo andar. Passei a ser professora dos colegas dele da primária e até de um grande amigo dele, que por vários motivos, não ficou na turma do Tiago. Muito mau. O miúdo já esteve cá em casa, já jantou, já dormiu cá, sempre me tratou pelo nome e na nossa primeira aula, quase nem conseguíamos olhar um para o outro.  Para o Tiago, a situação também não é a melhor. Ele não aprecia o facto de estar próxima dele na escola nem que seja prof dos colegas. Ele sabe que a mãe nem sempre joga com o baralho todo e não sei se sente confortável a saber que os colegas também o vão saber.  Pronto, por mim, acabávamosģ já este ano letivo.

Gatos, outra vez.

A Lara chegou no dia 3 de junho e a nossa vida piorou.  Desde muito cedo, percebi que tinha de a devolver. Já escrevi sobre isso aqui . Acordava todos os dias a pensar "é hoje" mas depois ficava com pena da gata e com vergonha do meu lado negro. Durante este tempo todo, ela nunca fez cocó na caixa. Era nos cantos da casa. No início, nem xixi. A minha vida, como referi, era limpar a casa e pensar "caralho mais a puta da gata" e verbalizar coisas como "A gata é mesmo estupida. Nem gosto dela".   Para além disso, o James continuava a ter um comportamento violento para ela e ela escondia-se em todo o lado. Ela também despertou o lado obscuro do James.  Houve um dia em que disse "não passa de hoje". Falei com a senhora da associação via Messenger  a perguntar-lhe quando a podia devolver. Ficou marcado para sábado, entre as 10h e as 11h.  Tinha apenas de lhe ligar para ela ir ter ao gatil. No sábado, liguei, liguei e nada. Não atendeu. Já

Quando é que sabes que tens filhos crescidos? XXXVI

Os meus filhos foram sozinhos para a praia, de transportes públicos. Foram com duas amigas, uma com 13 anos e outra com 19 (mas que às vezes parece ter 16...).  Hesitei antes de os deixar ir. Afinal o Pedro tem apenas 9 anos, mas recordei-me que eu (e quase toda a minha geração) foi à praia de transportes  (Amadora- Costa) e sempre com o meu mano 7 anos mais novo (e sem telemóveis!).  Assim foram, excitados por mais uma aventura. 

Férias - 2ª parte

A segunda quinzena está sempre ligada à Festa da minha aldeia. Juntamo-nos, familiares e amigos, em torno de uma festa popular, regada com (demasiado) álcool. Os 4 dias de festa foram, como sempre, divertidos. Durante estes 4 dias, a nossa vida fica suspensa, com horários completamente trocados.  Quando a festa acabou, senti um desassossego, uma vontade de sair dali. Pela primeira vez, tivemos de partilhar a casa com os sogros e confesso que me fez muita confusão. Não correu mal, não é nada disso mas são vivências e horários diferentes que me causam uma certa ansiedade. Não estou para fretes nas férias. Por isso, saímos muito mais cedo do que o previsto e fomos os 4 para o Alentejo litoral acampar. Foi bom porque foi um momento mesmo em família e porque os miúdos adoraram o contacto com a natureza.  "Somos sempre felizes nas férias" é a frase que caracteriza, ano após ano, o verão. 

Livro 38 - 2019

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A EE de uma aluna com algumas dificuldades ofereceu-me o livro "Mágoas da Escola" de Daniel Pennac. Estranhamente, ou não, só o comecei a ler no dia 1 de setembro, a data da rentrée.  O autor, que outrora fora um aluno com muitas dificuldades e que não percebia nada de nada, fala sobre a sua profissão: professor. Tece reflexões sobre práticas pedagógicas, sobre a Educação e sobre alunos com dificuldades e sobre as suas emoções. É interessante qb, embora tenha registado uma outra coisa a fazer em sala de aula e tenha sublinhado muita coisa.  Fala com paixão do papel do professor e do papel que desempenha para salvar os alunos.   3 estrelas.

A primeira quinzena - Armona

As férias chegaram ao fim já há uns dias.  Retenho sobretudo a primeira quinzena, na ilha, os 5, numa rotina já mil vezes ensaiada e por isso imbatível.  Não tivemos aqueles finais de dia na praia brutais por causa do vento nem tivemos a água quente. Nada disso. Tivemos porém coisas espetaculares e, como escreveu a Carolina, simples: as gargalhadas, os silêncios, as conversas, a alegria dos meus filhos, as leituras, o bolo de Olhão, o cinema ao ar livre com o ET (melhor filme para aquele sítio), as máscaras e fatos de Carnaval do César, os filmes que eles realizaram, o Afonso que nos acompanhou ao cais na hora da partida e que ficou até o fim connosco, os delírios de ficar a viver lá e abrir um negócio, a Nónó, a Bardajona-mor e a outra que deixou de ser bardajona, o grupo no parque até a meia-noite, a conquilha, as poucas corridas na praia, que foram difíceis e nem sempre prazerosas, a serenidade que aquela praia me dá, o respirar fundo, olhar e pensar "é a melhor praia do m
Aos 41 anos, levei um raspanete forte e feio da minha mãe. Com razão qb, ela gritou, desabafou, ralhou comigo. Pfff, as palavras e o tom ainda ecoam nos meus ouvidos. Ouvi em silêncio, com um nó na garganta, como se tivesse 8 anos. Depois disso, precisei de ficar em silêncio, metida para dentro, para aguentar o dito nó. Uma mãe, bolas, com razão ou sem ela, consegue: 1) abalar os alicerces dos filhos ;  2) fazer com que os filhos se sintam os piores filhos do mundo;  3) fazer com que qualquer filho se sinta pequeno e nem tenha vontade de ripostar ;  4) não deixar os filhos dormir à noite;  5) desenvolver nos filhos um sentimento de culpa. As mães, sem nenhuma exceção, são seres do outro mundo.  Tenho de ter em conta esta reprimenda quando der uma aos meus filhos para que eles não fiquem assim coiso durante uns dias.
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Quando o próprio autor me dá um like na apreciação que fiz ao seu livro. Até me senti intimidada. Mesmo, do género, "vai na volta escrevi só clichés e coisas tolas".

Férias

Chegaram ao fim. Regressei contrariada, com uma ligeira neura a pensar na rua da minha escola. Hoje, a caminho de casa, suspirei ene vezes. Nem acredito que já acabaram e que vai tudo recomeçar. [Até joguei no Euromilhões no sábado, coisa completamente insólita em mim. ]

Livro 37 - 2019

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Li há uns anos um livro absolutamente genial: "O Pintor debaixo do Lava-loiças" do Afonso Cruz. Andei desde então à procura daquele autor sublime, que escreve diretamente ao coração e cuja prosa é mais do que poética. Andei um pouco à deriva, sem o encontrar nos seus livros. Felizmente, neste livro "Princípio de Karenina", voltei a encontrá-lo. Escreve de uma forma sublime. A narrativa é bonita, pois é um pai que escreve à sua filha e que lhe conta a sua (interessante e cativante) história, mas é a sua escrita que é muito muito bonita. Cada frase tem de ser sublinhada porque parece que foi escrita  para mim, para o meu eu.  5 estrelas. É imperdível. Mesmo.