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A mostrar mensagens de abril, 2023

Livro 19 - "O Colibri"

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  O Colibri - Sandro Veronesi Quis ler o livro depois de ler uma recensão crítica boa no Ípsilon e de ter sido considerado, por dois críticos do Público, um dos 10 melhores livros editados em 2022. É um livro fragmentado - temos de reconstruir a linha temporal da narrativa - que conta a história de um oftalmologista "que recomeça muitas vezes a sua vida do zero",  marcada pela dor e sofrimento, mas que se aguenta, como o colibri que bate as asas 70 vezes por segundo para ficar no mesmo sítio.  Há um psicanalista, que aconselha, que é como um sábio,  que ouve, que se preocupa e que diz coisas maravilhosas. Encantou-me. "O importante agora, por amor de Deus, é pensar em si mesmo. Coloque a máscara. Respire. Mantenha-se vivo." Dei-lhe 4 estrelas. 

Foi bonita a festa, pá

  O 25 de Abril continua a ser um dos dias mais bonitos do ano e um dos meus dias preferidos. 

Livro 18 - "Património"

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 "Património " - Philip Roth O livro, autobiográfico, conta os últimos anos de vida do pai do autor, a partir do momento em que descobrem que tem um cancro no cérebro.  É uma bela homenagem ao pai. É um livro que nos prende quer pela forma como está escrito, quer pela força do pai. 4 estrelas . Gostei bastante. 

Quando é que sabes que estás a ficar velha?

 Uma amiga quis jantar com as amigas no seu último dia com 53 anos. Combinámos um jantar+dança até mais não.  Combinámos num restaurante todo catita, num bairro pobre e pouco nobre da cidade. Mesmo assim, comemos pouco e pagámos demasiado. Bebemos bem, que nem tudo é mau nesta Lisboa turística,  mas em caro, claro. A amiga fez 54 anos à porta da discoteca. Maravilha. Entrámos e obviamente que 5 MILF 's não pagam entrada. Pensei no prestigio dos cabelos brancos e no bom que é não teres de mostrar as mamas para pagar sem entrar. (Ouvi dizer, claro...). Na verdade, era 0h10 e eramos as primeiras a chegar. Houve um tempo em que fechávamos a pista, mas agora não, abrimo-la... Nada disso nos demoveu de dançar. Dançámos muito. As pessoas foram chegando e eram só velhos. Vi muitos homens de 50 e tal, homens que estavam ali à caça, mas que coitados metiam dó. Sozinhos. Chegou, graças a Deus, carne fresca. Rapazes novos, que ainda se meteram connosco, mas que levaram com uma daquelas frases

Quando é que sabes que tens filhos crescidos?

 Quando o teu mais novo tem dates com a namorada, que envolvem almoços, idas ao cinema, lanches...

Livro 17 - " Goa ou o Guardião da Aurora "

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 "Goa ou o Guardião da Aurora" - Richard Zimler Comecei a ler o livro há umas três ou quatro semanas. Arrastei a leitura, que nunca me prendeu verdadeiramente. Li os livros do Zimler sobre a família Zarco há uns anos e tinha gostado muito. Queria fechar o ciclo com este terceiro volume. Descobri entretanto que são 5 volumes dedicados aos Zarcos e não 3...  Não gostei muito deste e dei-lhe 3 estrelas. 

Livro 16 - "Uma paixão simples"

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 "Uma paixão simples" - Annie Ernaux Mergulhamos na paixão avassaladora que a autora teve por um homem mais jovem. Despindo-se de preconceitos, vai ao fundo da sua intimidade e conta-nos como viveu só em função dele e dessa paixão. "Descobri do que podemos ser capazes, ou seja, de tudo. Desejos  sublimes ou mortais, ausência de dignidade, crenças e comportamentos que achava insensatos nos outros porque nunca me tinha acontecido recorrer a eles." Gostei muito, muito.  Que escritora! Consegue escrever sobre sentimentos que são universais, mas de uma forma única.  5 estrelas.

Livro 15 - "Rapariga com brinco de pérola"

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 "Rapariga com brinco de pérola" - Tracy Chevalier. Num grupo de leitura francês, que sigo nas redes sociais, este livro é muitas vezes comentado. Apeteceu-me conhecê-lo, até porque nunca vi o filme.  O romance conta a história por detrás do quadro de Vermeer com o mesmo nome. Gostei do livro e a partir dele e dos quadros mencionados ou descritos, fui lendo coisas sobre o pintor e vendo várias pinturas dele.  Dei-lhe 3 estrelas, que são 3,5.

Aida (1925 - 2023)

Quantos lutos fazemos pela mesma pessoa? Já fiz vários pela minha avó. Este é, (in)felizmente, o último.