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A mostrar mensagens de dezembro, 2023

Os livros de 2023

 Li 51 livros, embora o Goodreads diga que foram 52. Não conto aqui aquele que deixei a meio por não ter gostado nem um pouco: As Cinzas de Ângela. Por que razão faço a contagem dos livros lidos?  Bem, alguns dizem que é exibicionismo, mas não é. Preciso sempre de listas para organizar a minha desorganização interior e porque tenho medo de perder o fio à meada. Houve tempos e não tão longínquos quanto isso, em que li um livro por ano. Houve anos em que não li nada? Não me lembro... (ou estou em negação.) Li 33 livros escritos por mulheres. Quero cada vez mais ler livros escritos por escritoras. Quero também cada vez mais ler autores portugueses. Foram 14. Li apenas um livro físico: a BD do Astérix. Tudo o resto foi em suporte digital. Desde que tenho kobo, há 1 ano, leio muito mais porque ele está sempre comigo. A par do telemóvel,  é o objeto que me acompanha para todo o lado.  Repeti autores ao longo do ano: li dois do Saramago, quatro da Annie Ernaux, dois da Isabella Figueiredo e d

O blog em 2023

 Não lhe dei muita importância, embora não saiba viver sem ele, nem quero. Falei muito de livros, talvez demasiado. Senti que não tinha inspiração ou, se calhar, 2023 tenha sido demasiado  normal, não tendo havido nada a declarar.  Em 2023, teve 36 mil visualizações. Clicarem 36 000 vezes neste blog para lerem alguma coisa nem sempre importante, ir à procura de informação sobre determinado assunto ou por engano. Há muitos clicks dos EUA e houve três da Índia. O top 3 dos posts mais clicados foram:  1.  "o rapaz tem uma balanite" (que está no pódio há alguns anos) ou quem nunca usou o Dr. Google para saber coisas sobre uma doença. Lamentavelmente, saíram daqui a pensar "que post da treta!".  2. "Ceregumil" ou a prova de que as mães andam todas à procura do mesmo para fortalecer os filhos. (Mães,  sim, que os pais não são disso...). Saíram daqui mais ou menos informadas porque o post tem muitos comentários (foi escrito nos tempos gloriosos da blogosfera.) 3.

2023

2023...  [Não me ocorre grande coisa a dizer sobre 2023 porque foi um ano normal , daqueles que vivemos sem sobressaltos ou euforias. Ou este post é mera falta de inspiração. Nunca saberemos.] Há sempre coisas que arrreliam ou preocupam, mas não me recordo delas ou melhor, não chegam para fazer o meu 2023. Houve coisas boas, mas que somando, não fazem a totalidade de 2023. Há 3 ou 4 coisas a dizer talvez.  As minhas duas idas para Coimbra para me despedir da minha avó,  que não reconheci no leito da morte. Senti a Morte a rondar-lhe a cama. A minha avó viva com a morte a crescer dentro dela. Impressionou-me muito. Mais do que o falecimento dela. Teve uma morte lenta, sem monitorizações, fazendo jus ao estilo de vida que teve outrora. Uma pessoa que nasceu em 1925 teve um ritmo de vida e de morte  diferente do nosso, mais lento. No segundo que antecedeu a sua morte, o que terá pensado? Sentiu que partia? Lembrou-se dos filhos ? Dos netos? De mim, em particular? Estas são as perguntas às

Feliz Natal

Caras e caros leitores de blogs, vós que estais em vias de extinção, mas que vos mantendes fiéis a este blogue por razões que só o altíssimo saberá, venho desejar-vos uma noite quente, rodeada de gente que faz parte de quem sois. [Deve ser da idade, pois gosto cada vez mais da ideia de estar à mesa, no natal, com aqueles que amo. Alguns não estarão comigo hoje, mas cada vez mais me lembro e sinto o Peixoto, "na hora de pôr a mesa, éramos 5..."] Feliz Natal.

Livro 51 - " O Silêncio das Mulheres"

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 "O Silêncio das Mulheres" de Pat Barker A Tânia Ganho, tradutora do livro, fez uma publicação muito elogiosa sobre o livro. Uma espécie de visão feminina da Guerra de Troia. Uma Ilíada feminina. Fiquei curiosa. A história é contada por uma Rainha, que se torna concubina, troféu e escrava de Aquiles, depois da sua cidade ter sido tomada pelos Gregos.  Na Ilíada, as mulheres são secundárias e completamente desvalorizadas e neste livro, há um olhar feminino sobre a guerra e a forma como as mulheres são violentadas. Não desgostei e o livro até prende. A história da Ilíada seduz-me sempre, mas ficou aquém das minhas expetativas. (No mesmo género, mas em melhor, prefiro "A Odisseia de Penélope" de Margaret Atwood.) 3 estrelas.  

Tella 2.0

Já me queixei aqui várias vezes da minha falta de audição . Não ouvir é limitativo e estava cada vez mais surda. Voltei novamente ao médico depois de muita insistência do pessoal cá de casa, que já se aborrecia de estar sempre aos gritos e a repetir coisas. Ou de não as repetir porque "deixa estar, não é nada!". Fui operada, na segunda-feira, ao ouvido direito (o esquerdo também tem de ser operado, mas não será no imediato) e embora ainda tenha um penso no ouvido, oiço. Ouviram? Estou a ouvir tudo perfeitamente bem! Incrível. 

Livro 50

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 "Leme" - Madalena Sá Fernandes É um livro auto-biográfico. A narradora conta como foi crescer no meio de violência doméstica, com o padrasto e a mãe. Tenta avançar com a sua vida deixando retido no livro os gritos, a tristeza e a violência. Essa premissa fez-me lembrar um livro que me inquietou, me perturbou, mas que achei fascinante: "O Consentimento" de Vanessa Springora . (Ide ler!) O "Leme" não chega a ser incómodo porque, embora tenha gostado, fica-se, por vezes, pela superficialidade. Nao vai ao fundo das questãoes nem do seu âmago. Não interroga. É mais um exposição de factos duros. Obriga-nos ainda assim a pensar sobre o sofrimento de uma criança sujeito a isso tudo e aos traumas que aí ficarão.  4 estrelas (ou 3,5)

Sobre várias coisas

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Sobre várias coisas, que podem ser o calendário do Advento, a minha cirurgia, os meus filhos a seguirem os modelos que têm ou a vida a acontecer.  Hoje, fui operada ao ouvido direito. Tenho uma coisa chamada otosclerose. Correu tudo bem e está tudo bem. Tinha de estar às 6h20 no hospital. Saí de madrugada com os miúdos na cama e sem me lembrar do calendário... Quando tive forças para agarrar no telemóvel,  tinha um vídeo deles a abrir o calendário do advento do dia 18, que eles próprios fizeram. Que bom. Ri-me.  Este ano, as atividades são "não atividades". Não há bolachas, nem mensagens, apenas temas para falarmos ao jantar tipo "qQual foi a melhor atividade do advento?" Ou "Qual é a tua mais antiga recordação?"  Há também mensagens tipo " hoje é o dia de ter um boa nota no teste de matemática"ou "Hoje nenhuma bola entra na baliza".  A dia 18 segue em anexo na foto! 

Livro 49 - "Revolução "

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 "Revolução" de Hugo Gonçalves  É um livro que fala sobre uma família, com três filhos - um conservador,  um comunista e um sem rumo - num Portugal virado do avesso no pós 25 de Abril. Retrata bem o período vivido após a euforia da revoluçã. As personagens são crediveis e interessantes.  Gostei. 4 estrelas.  [A capa do livro é linda.]

Árvore genealógica

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Ponto da situação: 7 gerações de mulheres e homens, que nasceram, viveram e morreram.  Do lado paterno, eles foram para o Brasil, mas nem sempre voltaram. Elas não sabiam ler nem escrever. Do lado paterno, os homens sabiam ler do lado do meu avô, mas não do lado da minha avó. Elas não têm direito a apelido. Elas têm filhos até mais não, coitadas.  Comecei a fazer pesquisas do lado materno. Temos raízes em Vila Real (Sedielos e Santa Marta de Penaguião, que nem sabia que existiam no mapa!), Amarante, Cinfães e Ponte de Lima.  As mulheres do lado do meu avô sabem escrever ou assinar os seus nomes, pelo menos. Os homens também. Muitos foram para o Brasil e regressaram sempre. Há filhos de pais incógnitos. Há uma professora primária a destacar. Elas têm o apelido das mães e eles têm o apelido dos pais. Elas têm filhos até mais não. Do lado da minha avó materna, ainda não comecei a pesquisar, mas já entrei em contacto com o centro de arquivos da GNR para ter acesso ao processo de um bisavô

Look who's back

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Os meus leitores mais fiéis e antigos devem lembrar-se do nosso entusiasmo com as atividades do Calendário do Advento. Como os miúdos ainda falam desses momentos, resolvemos voltar a ele, numa de tradição familiar, de saudade de tempos idos, de atividades parvas para gozarmos uns com os outros. Sem compromissos, iniciamos hoje o nosso calendário com a atividade "Montar a árvore de Natal", mas estive para escrever "Estudar matemática durante 7 horas!" É de realçar que o Tiago está super entusiasmado (como sempre e com tudo, menos com o estudo!) e que o Pedro alinhou, com "aquele ar de desdém e vergonha por estar a alinhar numa coisa infantil, mas ainda assim a gostar até porque ficou admirado por ter um papel lá dentro como outrora."