Árvore genealógica

Ponto da situação: 7 gerações de mulheres e homens, que nasceram, viveram e morreram. 

Do lado paterno, eles foram para o Brasil, mas nem sempre voltaram. Elas não sabiam ler nem escrever. Do lado paterno, os homens sabiam ler do lado do meu avô, mas não do lado da minha avó. Elas não têm direito a apelido. Elas têm filhos até mais não, coitadas. 

Comecei a fazer pesquisas do lado materno. Temos raízes em Vila Real (Sedielos e Santa Marta de Penaguião, que nem sabia que existiam no mapa!), Amarante, Cinfães e Ponte de Lima.  As mulheres do lado do meu avô sabem escrever ou assinar os seus nomes, pelo menos. Os homens também. Muitos foram para o Brasil e regressaram sempre. Há filhos de pais incógnitos. Há uma professora primária a destacar. Elas têm o apelido das mães e eles têm o apelido dos pais. Elas têm filhos até mais não. Do lado da minha avó materna, ainda não comecei a pesquisar, mas já entrei em contacto com o centro de arquivos da GNR para ter acesso ao processo de um bisavô da guarda republicana. 

Só mais uma nota: entrei num grupo de FB de Sedielos, uma terra perdida em Vila Real. Li os psots e comentários das pessoas. Entrei em contacto com um senhor chamado qq coisa Coutinho Monteiro,  tal como o meu avô.  Disse-lhe que a alcunha da família era "sarreiro" (por causa da profissão: tirar o sarrro dos tonéis). Tive logo resposta que Sarreiro era ele! Que fixe! A mãe do senhor era irmã da minha bisavó! É parvo, mas fiquei genuinamente feliz pela minha descoberta. O senhor vive sozinho na Alemanha,  depois da morte da esposa e filho, coitado, e de repente, ando a falar com ele, como que a fazer companhia a um...familiar. 

Encontrei o meu hobbie de eleição: a genealogia! 


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