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A mostrar mensagens de agosto, 2019
Ó Tella, mas este blog é só livros? Estás armada numa espécie-de-crítica-literária-do-ípsilon? Hein? Não, queridas leitoras. Este blog seguirá o rumo de sempre, ou seja, falar de tudo e de nada, de coisas banais mas sobre as quais gosto de falar. Só não sei quando. Até lá, ide ler um livro. Bale?

Livro 36 -2019

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"Indignação" - Philip Roth É a história de um jovem - Marcus Messner- que vai para uma universidade longe da casa para fugir do pai que vive amedrontado com a hipótese de algo vir a acontecer ao seu filho e para quem "a forma terrível, incompreensível, como as opções de uma pessoa, mesmo as mais banais, fortuitas e até cómicas, têm o resultado mais desproporcional". Contado na primeira pessoa, através de uma linguagem tensa, ficamos a conhecer a moralidade dos EUA nos anos 50 e a indignação que cresce na personagem principal por quererem que ele faça parte do rebanho.  Aspeto negativo: não se percebe bem a mudança de atitude do pai e a personagem feminina com quem descobre a sexualidade é muito superficial. Ainda assim, 4 estrelas porque nos obriga a refletir sobre algumas coisas.

Livro 35 - 2019

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"Timbuktu" de Auster mereceu apenas 3 estrelas e bem puxadinhas, vá, porque só lá para o fim é que vi qualquer coisa.

Livro 34 - 2019

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Um colega que agora vive em Madrid falou-me bem do livro. Uma outra colega também e emprestou-mo. "Pátria" é um livro que fala sobre a ETA e sobre duas famílias, que foram ambas vítimas dos terroristas bascos, cada uma à sua maneira. É uma história bem contada, com saltos temporais muito bem feitos mas em termos literários, vá, deixa um pouco a desejar. Lê-se bem e rapidamente porque a história prende mas falta-lhe qualquer coisa. O ponto negativo é o autor escrever muitas vezes coisas como "estava triste/desilidido", "ansioso/excitado, ...". Achei um pouco infeliz/pobre !  Dei-lhe 4 estrelas. Vale a pena ler. [O livro relembrou-me das nossas travessias França-Portugal durante as quais os meus pais NUNCA passavam a fronteira basca à noite por causa dos atentados. Houve um ano, numa área de serviço, chegou a polícia militar, fortemente armada e mandou-nos embora por causa de uma bomba. Eu tinha uns 9 anos, mais ou menos, e lembro-me da minha

Livro 33 - 2019

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No ano passado, trouxe de férias o livro  "Não se pode morar nos olhos de um gato" da Ana Margarida de Carvalho. Apesar da linguagem rebuscada (o primeiro capítulo de 50 páginas é dificílimo de ler e nem sempre percebi o que lia. Foi por pouco que não o encostei), foi um livro 5 estrelas.  Este ano, trouxe outro livro da mesma autora: "O Que Importa a Fúria do Mar". O primeiro capítulo é estranho e deu a sensação de estar a ler não sei bem o quê e lá para o meio, até se percebe  o primeiro capítulo.  Mais ou menos, vá. Deve ser hábito da autora deixar os leitores perdidos no início da narrativa. Ultrapassadas as 20 primeiras páginas, encontramos a história de uma jornalista que entrevista um dos últimos sobreviventes do Tarrafal. Paralelamente, é-nos contada a história dela.  Houve momentos em que ri e outros em que chorei.  É uma história arrebatadora. 

Livro 32 - 2019

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José Riço Direitinho escreveu um dos livros portugueses que muito me marcou: "O Breviário das Más Inclinações". É um livro que junta aquilo que considero essencial para um livro ser algo sublime: forma e conteúdo. Através de uma escrita fabulosa, com propriedade vocabular, conta a vivência de José Risso num mundo rural e supersticioso. É imperdível.  Desde então, ando à procura desse autor nos seus próprios livros. Trouxe de férias "O Relógio de Cárcere". Estava à espera de um bom livro e encontrei um livro assim mediano [mas bem escrito, claro.] Ai, as expetativas pá.

Livro 31 - 2019

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Em Abril, a Mary leu o livro "A Estrada Subterrânea" e gostei do que escreveu sobre ele. Trouxe o livro comigo para as férias. O livro fala sobre os escravos nos EUA e sobre a crueldade das pessoas (brancas).  Muitas vezes, tive de fechar o livro, fechar os olhos e respirar fundo para continuar a ler. A violência descrita é incomensurável. Obrigatório ler, sem dúvida. 

Livro 30 - 2019

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"A Mancha Humana" é um livro notável.  Para além da história incrível e muito bem contada que tem muito a ver com a nossa liberdade individual, temos o retrato da sociedade norte-americana, com os contrastes brancos/negros, com o seu (falso?) puritanismo exagerado, o seu politicamente correto e os traumas do Vietname.  Recomendadíssimo.