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A mostrar mensagens de novembro, 2022

Livro 39 - " A China fica ao lado".

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 "A China fica ao lado" - Maria Ondina Braga Ouvi falar da escritora num artigo duvidoso  chamado "Descubra que livro foi editado quando nasceu". Em maio de 1978, a Maria Ondina Braga publicou "A Personagem". Procurei o livro no Goodreads e marquei-o para ler um dia. Acontece que fiquei com alguns livros da minha amiga Ana. No lote que me calhou, trouxe este "A China fica ao lado" da autora. Não sabia se o ia ler. Acontece que o meu mais novo partiu a cabeça a brincar com um balão, no quarto, com o irmão. [suspiros] Levei-o ao Estefânia, para levar uns pontos, mas antes de sair agarrei num livro qualquer. Uma pessoa já é batida nas urgência dos hospitais públicos e sabe que as horas passam lá lentamente. Fui então prevenida. São contos sobre personagens chinesas que habitam Macau. São personagens femininas, de pés atrofiados, que representam ideias tradicionais ou personagens novas e o seu estatuto familiar e social da época.  Enfim, não gostei. 

Livro 38 - "O Tempo e o Vento: O Retrato, vols I e II"

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  "O Tempo e o Vento: O Retrato (parte 2)" - Erico Verissimo Li o primeiro volume no verão . É o livro que conta a saga familiar do Terra Cambará no Sul do Brasil durante mais de 100 anos. Apaixonei-me pelas mulheres fortes e até pelas mulheres subjugadas, pelos homens cheios de vícios e virtudes, pela terra vermelha, pelas expressões do povo, pelas emoções recalcadas, pelas paixões, por tudo, na verdade. Comecei a ler o segundo volume, com muita vontade de reencontrar os Terra Cambará, mas fiquei desiludida. Durante mais de 500 páginas,  acompanhamos apenas o bisneto do capitão Rodrigo do 1° volume ( que me fez suspirar apesar dos mil defeitos). Tudo gira em torno dele, da sua figura controversa e egocêntrica, e isso cansou-me um pouco. São páginas a mais.  É um livro muito bom, mas nada como o primeiro volume que é do outro mundo. Dei-lhe 4,5 estrelas. 

Das redes sociais ou da adolescência

O meu mais velho tem Instagram, mas raramente publica coisas. Acreditam?  Eu acreditei até ontem.  Deixem-me explicar. Dizia-me ele que o Francisco B., colega que saiu do colégio no ano passado, lhe tinha enviado um whatapp a dar os parabéns. Perguntei como é que o Francisco sabia dos anos dele. " Pelas stories". A voyeuse que há em mim foi logo cuscar.  Sabem o que eu vi?  Nada! Não vi nada! Perguntei-lhe se me tinha bloqueado. "Bloquear, não. Estás numa zona cinzenta onde nao vês quase nada porque não estás na minha lista de amigos chegados". Somos vários a não ter acesso à conta dele: o pai cá de casa, os avós, os tios , a Carolina, os meus amigos da terra, os professores de história e de cn e os meus primos direitos. Os velhos, portanto.  Ainda estou a digerir a coisa, que achei foleira até porque sou uma mãe cool, que jamais escreveria numa publicação dele "rico filho, és tão fofinho. A mamã ama-te. [emoji das mãozinhas a agradecer]." (E se mais algué

15 anos

Cumpriu-se a tradição: - o pai cá de casa acordou mais cedo para fazer panquecas ao pequeno-almoço; - acordámos, nós os 3, o aniversariante cantando-lhe os parabéns; - as refeições foram escolhidas por ele: sushi com o pai ao almoço e lasanha e cheesecake ao jantar. O meu mais velho faz 15 anos e olho para ele, tão alto, tão simpático, tão meigo, tão sempre no limite na alegria, no aborrecimento ou na zanga, tão adolescente e ja tão pouco meu, por vezes, que me custa.  Mas é assim, nada a fazer.  Este ano, como sempre, ele repetiu mil vezes que adora fazer anos. Eu não consegui partilhar da mesma euforia. Não sei bem lidar com o que nos está a acontecer: ele a crescer e voar para onde não quero que vá, sabendo, no entanto, que o voo é dele e que só tenho de aparar a queda, se ela suceder. Apesar de saber que deve ser assim, tenho dificuldade em aceitá-lo.  O meu mais velho já faz 15 anos e continuo a olhar para ele e pensar que tenho muita sorte por tê-lo na minha vida.