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A mostrar mensagens de outubro, 2021

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A filha da minha grande amiga está grávida. Conheço a miúda desde sempre. Foi o primeiro bebé a quem dei um biberon. Ela diz orgulhosamente que foi o meu primeiro bebé. Foi. É a minha sobrinha do coração, sem dúvida. Está quase a dar a luz. Troquei uma SMS há pouco com ela. Está com 10 dedos de dilatação. Está quase, quase. E eu quase a ser... tia-avó.   (Outch!)

Livro 8 - Pedro

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A professora de Português deu-lhe uma lista de livros. Tinha de ler um e apresentá-lo à turma. Escolheu um que me toca muito: "Cão como Nós" de Manuel Alegre. Escolheu-o por quatro motivos: 1) Já o tínhamos em casa; 2) Manuel Alegre é um dos meus escritores de eleição e queria partilhar comigo a afinidade; 3) Fala de animais e embora não goste de cães , gosta de gatos, por isso, estão a ver, certo? 3) Tem poucas páginas (sendo esta a verdadeira razão, creio...). Acabou de o ler. Chegou ao pé de mim, com o livro na mão e a chorar baba e ranho. Quis ficar uns segundos abraçado a mim. Depois, foi buscar o gato, o seu James, para ficar mais reconfortado.  Gostou muito, embora tenha achado a leitura difícil.  Recomendamos a leitura. Dei-lhe 5 estrelas há mais de 15 anos e o Pedro, hoje, também lhe dá a mesma avaliação.   

Livro 31

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"Rapariga mulher outra" - Bernardine Evaristo. Agarrei o livro com entusiasmo e com expectativa alta. Falava -se bem do livro, vencedor o Booker Prize  2019.  O livro, muito resumidamente, relata a vida de 12 mulheres,  quase todas negras. Fala -se de feminismo, racismo, lesbianismo, emigração, pessoas transgeneras, de uma sociedade multicutural que avança mas que luta ainda com muitos preconceitos.  Há frases cruas, que querem chocar pelo grau de preconceito. Às vezes resulta, às vezes parece que alguns temas são tratados de forma leviana. Dei-lhe 4 estrelas, mas puxadinho, que na verdade é um 3,75. 

Assunto pré -natalício

 Deparei -me ontem, no Lidl, com duas coisas que me dizem muito, muito mesmo, mas resisti estoicamente a ambas. A saber: 1) Um calendário do Advento. Foi uma  década...   [Um aparte repentino e não programado neste processo de escrita: senti-me velha ao escrever a palavra década, outch.] ... uma década de dedicação total ao Advento. Combinámos que este ano não haveria... 2) O panetone.  É uma vida a comer panetones e mais panetones de outubro a janeiro. Combinei que este ano iria reduzir e só me lambuzaria com eles em dezembro.  Uma aposta que falho uma das combinações ?! 

As pessoas, pá, sempre assim coiso, não é?

O meu mais novo mudou de clube de futsal. Não gostava dos colegas dele, nem da equipa técnica. No ano anterior, alguns amigos dele tinham saído para o clube rival e ele quis ir ter com eles. Aplaudi. Detestava o treinador, assim mesmo de detestar a sério, e não me revia em nada do que fazia ou dizia. NADA, assim em maiúsculas para perceberem melhor que eu... Adiante. [Ai meninas, se eu começasse aqui a contar, ficavam parvas...mas vá,  temos mais do que fazer do que descascar num homem sem valores éticos e morais...] Dizia....detestava o  treinador e os pais dos colegas eram da pesada, quer na linguagem, quer nos atos, quer nos comentários...  [Ai meninas, se eu contasse que uma mãe mandou à minha frente, que  ninguém me contou,  o filho pro c@r@lh×× e outra para co** da mãe,  ficavam parvas...mas adiante. ] Dizia... O meu filho mudou de clube. Gosto da equipa técnica onde está e os pais dos colegas , aqui, são normais.  Normais? Huum, não exageremos , que isso não existe e porque este

Ver ou não ver

O meu mais velho começou a queixar-se que não via bem depois do 1º confinamento. Ele diz que já no sexto ano se queixava. Não me lembro, mas talvez tenha razão. Nunca dei importância porque o rapaz é exagerado, drama queen mesmo. Uma dor de cabeça é, para ele,  uma coisa insuportável, "doí-me taaaaaanto a cabeça" e toda eu reviro olhos por causa dos exageros e da incapacidade de aguentar a dor. (Jamais seria médica ou enfermeira. Adiante.) "Não vejo para o quadro", "pedi à stôra para mudar a planta da sala porque não vejo bem" etc. Houve mil dicas mas eu, nada; completamente cegueta. Na semana passada, caiu-me finalmente a ficha quando o rapaz perguntou ao meu pai quanto tempo faltava num jogo do Liverpool versus não sei quem. Não conseguia ver o tempo no écran da televisão.  Marquei consulta. Tem miopia e astigmatismo. Pumba, mãe, embrulha. Há dois anos que o miúdo não via bem, que se queixava e eu, do alto da minha sabedoria de mãe, não acreditava nele.

Ya, vai recomeçar tudo

 Eu sei que tudo volta ao normal, isto é, à rotina que chateia muito mas que é incontornável, quando volto a ter caixas de sopa no frigorífico, é certo; mas sobretudo quando os filhos anunciam que para a semana já há testes de avaliação.  Vão recomeçar os fins de semana de estudos,( intercalados com os jogos de futsal. ) Qu'horror.  O hastag #hajavinho , tão presente em tempos de confinamento, manter-se-à também em tempos ditos normais. 

Lara

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Na passada sexta-feira, a gata cá de casa, a Lara, caiu do 5°andar. Saí de casa à noite para acompanhar a minha amiga ao hospital e não me tinha percebido da coisa. No sábado de manhã,  enquanto estava ainda no hospital, os miúdos ligaram-me a dizer que a gata tinha desaparecido. Aflitos. Confesso que pensei que estava escondida num canto da casa. Toda a gente sabe que as crianças e os homens nunca vêem nada... Não sei grande importância.  Percebi pelo tom, algumas horas depois, que a coisa era séria.  A minha amiga no hospital também era uma coisa séria.  Não conseguia processar grande coisa. Cheguei a casa às 17h. Estava tudo  desesperado. Eu estava um caco. Tinha passado quase 24 horas nas urgências com uma doente oncológica e tinha de ir à procura da Lara. Andei à procura na rua, meia tonta, sem saber como se procura uma gata. Regresso a casa e da janela das traseiras,  vejo a bicha perto de uma escola primária. Voltamos ao sítio mas nada de a ver.  Domingo de eleições, às 7h00 da