Livro 26 - "Fahrenheit 451"

 "Fahrenheit 451" - Ray Bradbury


Ouvi falar deste livro quando li este romance do Afonso Cruz. Algum tempo depois, a irmã da Mary escreveu uma ótima review, que me despertou a curiosidade. 

É um romance distópico escrito em 1953, onde os bombeiros não apagam incêndios. Em vez disso, queimam livros porque são proibidos. Os leitores sao mortos. Um dos bombeiros - Guy Montag - começa a questionar a sua vivência e a sociedade onde está, cheia de tecnologia, com um ritmo acelerado onde não há espaço para ler, logo não há tempo para questionar, saber, ponderar ou refletir. Os ecrãs estão em todo o lado, com imagens rápidas, sons repetitivos e de forma a que todos estejam felizes ( ao jeito das redes sociais.). Mas a personagem principal perceberá que os livros e o conhecimento abrirão portas e mundos novos. 

É um livro que foi escrito em 1953 e parece-me que está mais atual agora. Não que haja uma coisa assim, de queimar livros. Parece que não se dá valor ao que um livro nos mostra e ao tempo necessariamente mais lento  para se ler um livro e digeri-lo. Enquanto mãe, professora, e leitora, sinto que os ecrans estão a ganhar aos livros. Surpreendentemente, o final dá-nos uma esperança, embora triste. (Não spoilarei!)

Dei-lhe 4 estrelas porque parece que falta mais alguma aventura na 3a parte. Queria que houvesse mais desenvolvimento na reta final. 

[O Pedro reconheceu este livro a partir do romance do Afonso Cruz que teve de ler na escola. Diz que o quer ler, mas aconselhei-o a esperar mais uns anos. (E não se deixam enganar: a leitura não é a cena dele, mas ele tem coisas que não se entendem.)]

Comentários

Carolina disse…
E se o ler agora? Pelo menos, tentar. Perceberá algumas coisas, outras não, mas vive a experiência.