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A mostrar mensagens de fevereiro, 2021

Dia 37

Em tempo de confinamento nunca serei magra.  

Livro 3 - Pedro

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"Crime Na Escola " Quis ler o livro quando lhe disse que a ação da história decorre numa escola muito muito parecida com a nossa, que algumas personagens são baseadas nas pessoas da escola, que eu também sou uma personagem figurante (tão secundária que ele não me reconheceu) e que tenho uma dedicátoria no livro... Gostou e ao chegar ao fim do livro, disse "está empolgante".   

Livro 2 - Tiago

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Demorou meses a ler o livro anterior e apenas uma semana com este "Robin Hood" do Robert Muchamore, o autor dos livros da Cherub que ele adora. Quando eles gostam do livro, eles devoram-no. 

Dia 34

Frases muitas vezes ouvidas neste segundo confinamento. [lista feita sem pensar, numa fração de segundo] "Não estão numa pensão!" "Vão ler." "Não estão fartos dos telemóveis?" "Larguem os telemóveis!" "Faz-me uma massagem nos pés!" "Aprenderam coisas fixes hoje?" "Vai tomar banho!" "Isto não É UMA PENSÃO!" "Estão a gozar comigo, só pode!" "Mãe, somos 'miiigas" "Mãe, tu mandas ganda rabo, ya" "Eh pá, porque sim!" "Mas..." "Rabo bom" "Sem mas! Ouviste? Quem manda sou eu!" "ISTO NÃO É UMA PENSÃO!" "Aprende que "mais é menos", ok?" "Calados ou ficam sem telemóveis !" "ó mãe..." "Passa aí o vinho!" Por aí, há frases repetidas mil vezes por dia?

Livro 8

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"Coisas de Loucos  - o que eles deixaram no manicónio " - Catarina Gomes.  A partir de objetos encontrados no hospital Miguel Bombarda, a jornalista Catarina Gomes vai à procura dos donos, que foram internados no hospital psiquiátrico nas décadas 20 e 30 do século XX. São pessoas que ouviram vozes, que foram dadas como loucas, "tolas", com transtornos psiquiátricos, que foram internadas e que acabaram por lá ficarem décadas... A jornalista vai à procura dos detalhes das suas vidas, quase como se fosse um policial. Há todo um trabalho de investigação que está muito bem escrito e que nos prende. Queremos sempre saber mais e mais sobre essas pessoas que passam a ter um nome, um rosto e pertences. O livro é comovente. Recupera a vida completamente abandonada e esquecida dos doentes. É muito emocionante. Gostei muito das histórias retratadas e a introdução ao livro, só por si, vale logo 5 estrelas. O livro vale 10! Recomendo muitíssimo. (Se tivesse de oferecer um livro a

Dia 30

Uma insónia, umas vozes a apoquentarem-me por causa dos quizziz, forms e o camandro, um livro viciante sobre loucos a ouvirem vozes  e um pequeno ataque de ansiedade entram neste bar no dia 30 e fazem com que este dia seja singular. Tudo isso só durante a manhã... Choveu o dia todo e o melhor a fazer foi acender a lareira, ler e ver o Lost. 

Dia 28

 O sol apareceu no fim de semana. Fui jogar à bola com os miúdos para a rua. Eu detesto jogar à bola e nem sei jogar, diga-se, mas tinha de fazer qualquer coisa na rua com eles. Ficamos em t-shirt e calção e soube muito bem.  Fomos depois ao mercado comprar peixe e assá-lo na brasa. Houve vinho bom a condizer com o belo repasto e bolo oferecido por uma vizinha. A outra vizinha veio oferecer-me uma dúzia de ovos caseiros "para os meninos".  Deitei-me ao sol e fechei os olhos. Senti aquela sensação de ficar com o corpo quente e por uns largos minutos, estava tudo bem. Esqueci-me do confinamento; do covid e do medo que ele chegue ao meu pai sobretudo; das embirrações deles que andam ao rubro e me fazem passar completamente, com vontade de lhes dar estaladas até mais não (há um lado violento em mim que reprimo, eu sei);  das aulas online e do desinteresse geral dos alunos, também eles fartos de tudo; do sedentarismo que só nos faz mal; de quase tudo.  Foi um dia como antes. Tinha

Livro 7

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"A Cidade de Vapor " - Carlos Ruiz Zafón Ofereceram-me o livro no Natal. Agradeci muito mas pensei "ui, um livro de contos, vou mazé trocar". Mas entre confinamento aos fins de semana e covidados em todo o lado, pensei que ia fazer a troca lá mais para a frente. Pumba,  livrarias fechadas e não tive outro remédio sem ser ficar com ele.  Devia ter ido trocado. " Tella, tu segue as tuas primeiras ideias. Os contos não são a tua cena". Os contos sabem-me sempre a pouco quando gosto da história ou a demasiado quando não entro no enredo e foi o caso de três.  Há histórias bonitas mas demasiadas curtas e outras aborrecidas, como tudo na vida. Não recomendo (apesar de ser muito bem cotado e falado, mas acho que avaliam o autor e não esta obra...digo eu, que tenho mau feitio e não gosto de não chegar ao cerne da coisa.) Dei-lhe 3 em 5. 

Das séries

Cada um vê a sua série na sua bolha, mas ao fim do dia, vemos sempre, desde sempre quase, uma série em família.  Depois de ver a série super politicamente incorreta, cheia de nonsense, um pouco hard core e com muita piada "O Último a Sair", vimos o "How to Get Away with a Murdered". O Pedro gostou tanto que já descobriu o que quer ser mais tarde: advogado. E agora, sabem o que andamos a (re)ver com eles?  Aquela série com 20 anos mas que continua boa como tudo: Lost.  (Ai meninas, as saudades que tinha do Jack e do Sawyer!)

Livro 1 do Tiago -2021

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"O Símbolo Perdido"  - Dan Brown Tinha de ler o livro até dia 10 de fevereiro. Não respeitou o prazo. Acabou-o no dia seguinte sem consequências ou castigo porque sempre são 570 páginas...Desta vez, passou.  Foi o seu primeiro calhamaço. Diz que gostou mas não me recomenda a leitura porque não é o meu estilo. Rico filho, que me conhece tão bem.

Os meus filhos descobriram o blog!

Viram uma página aberta do blog. Reconheceram os livros, viram o nome do blog, as palavras Pedro, o Tiago, Tella e perceberam que tinha um blog e que falava também deles.  O Tiago perguntou-me hoje, num intervalo da escola, quem era a Marí_kia . Não reconheci a pessoa, até pensei que fosse um escritor! " Não sabes? Está sempre a comentar o blog! ". Eras tu, MaryQA! Não sei se está a ler as últimas postagens ou começou do início. Com tanta coisa interessante para ler, escolhe este blog, pfff. Meu deus, terei de apagar aqueles posts onde digo que coiso e tal e afins . A partir de agora, a minha escrita está condicionada, acho eu.  (tenho, no entanto, a esperança que se fartem, até porque blogs, pfff, é coisa de gente mais antiga ...)

Livro 6

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"O Meu Irmão " - Afonso Reis Cabral O narrador fala-nos da história que tem com o Miguel, irmão com síndrome de Down. A história oscila entre o presente, onde os dois manos estão numa aldeia perdida do Norte, e o passado onde temos acesso às recordações do narrador, da sua família, do irmão deficiente, da vida do Miguel e da instituição que o acolhe, das personagens da instituição, da história  do Miguel e da Luciana, da decisão de cuidar do irmão deficiente depois da morte dos pais e das sensações do narrador, que são muitas vezes escritas num tipo de letra diferente. Como se o narrador tivesse duas vozes em determinados momentos. Reconheci-me naquela escrita.  Podia ter sido eu a escrever algumas frases assim. Li o livro sem saber se estava a gostar porque há momentos lentos, parados quase, como na aldeia onde estão. As coisas parecem não fluir. As últimas 90 páginas foram, no entanto, deconcertantes e as coisas aceleraram até chegar ao auge e a um desenlace incrível. As ú

Cronograma capilar

Como sabem (porque são leitores fiéis e atentos ao que escrevo, certo?), tenho muita queda de cabelo, estando já com o couro cabeludo à mostra nalgumas zonas. É dramático. Gastei (e contino a gastar) rios de dinheiro em suplementos, gotas,  champô e afins. Descobri um grupo de tratamentos para cabelos no FB e juntamente com ele descobri uma coisa chamada cronograma capilar (ide googlar). É um mundo de produtos de máscaras hidratantes, nutritivas e reparadoras; de gotas, de serum , de spray, de condicionadores secos, em pó e em coiso, de low poo cujo significado ainda não entendi. Fico sempre de boca aberta em descobrir que existe mundos que me passaram ao lado, tipo toda a gente faz isso menos eu. Que totó, não admira que esteja assim.... Para mim, sempre me bastaram o champô e condicionador pantene e já era a loucura! Como estou a panicar com o pouco cabelo que tenho, aderi a esse movimento e tb eu fico agora horas a tratar do cabelo, com apontamentos na minha agenda para não me engan

Dia 19

Queria escrever qualquer coisa mas não me ocorre nada. Um vazio, um desinteresse, uma falta de inspiração. Olhando para o primeiro confinamento, pergunto-me como consegui escrever todos os dias no blog.  Embora haja muitos dias iguais, não há dois confinamentos iguais e este, senhoras, está a custar horrores. 

Livro 2 do Pedro

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Continuo a obrigar os miúdos a lerem.  Tínhamos combinado que tinham de ler um livro até dia 10 de fevereiro.  O Pedro acabou o dele ontem mas o irmão continua a procrastinar. Ainda lhe faltam 60 ou 70 páginas. Se não tiver lido o livro até dia 10, que castigo hei de inventar? Meto-me em cada situação...pfff.  Bem, mas o Pedro leu o livro dele e não gostou muito. Achou-o  complicado e lento. 

Dia 14

Ando sempre à espera de alguma coisa, do dia seguinte talvez, o que é parvo, uma vez que será redondamente igual ao anterior, mas diferente. Tento contrariar a tendência em não fazer nada porque neste confinamento, tenho menos paciência para os dias que se sucedem. Estou mais atenta às horas que passam em frente ao PC, ao tempo que estamos em silêncio, juntos, mas isolados nos nossos mundos. Às vezes, aflige-me ver que estamos em ilhas diferentes. Noutras, acho importante que tenhamos uma bolha para onde irmos, para ouvir silêncio. Estar calado é o melhor remédio, dizia o meu pai. Corro, leio e vou fazer passeios higiénicos com os miúdos.  Deito-me sabendo que amanhã será igual mas diferente ou vice-versa, diferente mas igual. Falta-me apurar esta última frase. 

Livro 5

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"Os Vivos e os Outros" - José Eduardo Agualusa Comecei a ler este livro em dezembro. Foi uma leitura lenta e pouco prazerosa. Não gostei do livro. Gosto muito do Agualusa, daí o esforço para chegar ao fim. Se fosse outro autor, tinha posto de lado, de certeza. O livro conta a história de um encontro de escritores africanos numa ilha moçambicana. Por causa de uma tempestade, ficam isolado do mundo: não há telefone, não há Internet e não se consegue voltar ao continente pela única estrada possível.  Os escritores interagem, há retórica literária, as personagens dos livros aparecem, mas tudo se arrasta e nada me prendeu. Dei-lhe duas estrelas.