Árvore genealógica- parte 2

Encontrei por mero acaso uma Maria da Piedade, nome da minha bisavó paterna, nascida no lugar da Sapateira, filha de José Henriques. Pensei: é ela. Olhei para árvore de uma família Henriques, tambem da Sapateira, 4 irmãos que foram  para o Brasil matar formigas e pensei "o meu feeling estava certo". Tinha nomes de avós paternos e maternos, coisas a chegar a 1850. Estava doida. Foram horas da minha vida a ler assentos de batismo e de pedidos de passaportes. Ainda estou com os olhos em bico...
De repente, o meu pai manda-me um whattapp a dizer "olha o que eu encontrei nos meus papéis ". Era uma cópia da certidão de nascimento da minha avó, com o nome dos pais, datas de nascimento e nomes dos avós.  Constatei então que tinha seguido um rumo errado. Que desalento. Tinha lido centenas e centenas de assentos em vão... Aquela Maria da Piedade não era a minha Maria da Piedade. Continuo à procura do assento de batismo dela e não encontro. Já li os assentos entre 1883 e 1887. São milhares  deles. Cada "Maria da Piedade" da Sapateira batizada e eu fico com o coração aos pulos mas depois os pais não correspondem à certidão que o meu pai me enviou. Os nomes repetem-se, credo. Já encontrei um irmão da Maria da Piedade. Os pais são os que estão na minha certidão. Através dos avós dele, consigo perceber que aqueles 4 irmãos são tios e se não me enganei, o pai da minha bisavó foi para o Brasil em 1909 e 1916, com filhos diferentes em cada viagem: Domingos com 13 anos e João de 9. 
Haja paciência e olhos para decifrar caligrafias do século XIX. Por vezes, o meu Cérbero dá um nó e tenho de reler os meus apontamentos que estão caóticos...

Acho piada também ao facto de estar a ler nomes de famílias lá da aldeia que conheço: Bebianos, Pires, Thomas, Diniz, Correia, Simões, etc 

Comentários

Mary QA disse…
Uma Historiadora dentro de ti este tempo todo!

(a mim, que sou de História, nunca me deu para isso!)