Run Tella, run

 Não corro desde o dia 6 de maio. Embora todos os dias, todos, pense que devia correr, a verdade é que me faltam a vontade e o entusiasmo na hora H. 

Há dias que o Pedro, atleta a sério,  quer ir correr. Não treina há muitos dias e não quer perder intensidade ou lá o que é, nas férias. Não lhe ligo nada, fingindo que não o oiço. 

Ontem, pôs o relógio a despertar às 7h e foi acordar-me. Estava a sonhar e senti no meu sonho alguém a abanar-me. Era ele a acordar-me. Fiquei tão lixada por sair daquele sonho (já não me recordo dele, naturalmente) que me passei com o miúdo. "PEDRO, ESTÁS DOIDO. VAI PRA CAMA! JÁ!". Quando o fui acordar, horas depois, pedi-lhe desculpas. 

Hoje de manhã,  o meu telemóvel tocou às 7h. O sacaninha pôs alarme no meu telemóvel para me acordar e irmos correr. Desliguei-o e voltei a dormir. Acordei às 9h e fui chamá-lo. "Vamos correr?".

Fomos. Corremos 5km ao sol e ao calor, no sobe e desce das ruas da Graça e Alfama. Foi horrível, mas foi bom correr com o miúdo. Houve um momento em que tive de dizer -lhe "Filho, a mãe não consegue subir a rua a correr. Vamos a andar!". E do canto do olho, com visão afetada por causa do sol e do suor, vi-o a sorrir com ar paternalista! Safadinho, o puto,  hein?!

Comentários

Carolina disse…
Está no bom caminho, o puto!