Às vezes, penso em vir cá para escrever um post. "Olha, tenho de escrever sobre isto", "eh pá,  tenho de digerir esta cena no blog" ou ainda "tenho de registar no blog para reler dentro de 10 anos". E nada sucede, porque a vida vai acontecendo, segue o seu caminho e outras coisas vão ocupando a minha mente.

A ideia ou a coisa pensada, que nunca é assombrosa, ja sabem, foge-me e fica o vazio. Não me refiro ao vazio existencial ou àquela  linha do electrocardiógrafo. Também não é o vazio da escrita, porque, convenhamos, não sou nenhuma escritora. É apenas o momento em que nada sobra para relatar. 

Não sei se é bom ou se é mau. 

Por exemplo, quis escrever sobre o meu mais novo, um ataque de fúria e a minha incapacidade em gerir as emoções dele. Depois passou, porque fiquei a saber que o meu mais velho tem uma namorada e que sou a única a supostamente não saber. O mano sabe. O pai sabe. O tio sabe. A avó sabe. Os meus colegas sabem. Eu supostamente não sei. Chateada? Não. A constatar (e digerir) que se ele quer dizer a todos, menos a mim, é porque andei a falhar numa ou outra coisa. 

Se calhar,  é melhor seguir com a vida e ocupar a minha mente com outras coisas.

Acenar e sorrir, Tella, acenar e sorrir. 

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