Do meu filho

 O meu filho mais velho -  aquele que nasceu há dois dias, parece - fez hoje o exame nacional de Economia. 

Andei super ansiosa com isso, como já mencionei. Até me deu num dia uma palpitação mais forte. Porquê? Não sei. Ele estuda muito e é responsável, mas tenho sempre receio que falhe. Não queria nada que falhasse. Dizer que fui muito aborrecida é pouco. Parecia o outro fulano, fui para além da troika! Pressionei-o, sem querer, por causa da minha ansiedade. Ontem à noite, ao deitar,  perguntei-lhe como se sentia. Estava calmo e confiante. Eu, nervosa.

Acordou hoje às 7h porque queria chegar uma hora antes do exame (ou não fosse ele filho da sua rica mãe...). Contou-me que sonhou que não o tinham deixado fazer o exame com óculos e como tal,  não conseguia ler as perguntas. Acrescentou que foi um sonho angustiante. 'tadinho do meu rico filho. Um rapaz já feito de quase 17 anos,  mais alto do que eu, a precisar de um abraço de mãe para o reconfortar. 

Prova acabada às 12h.  Dei-lhe meia hora para me dizer qualquer coisa, uma sms, um emoji, sei lá... Não dizia nada. 40 minutos depois, ligo-lhe, mas o telemóvel estava desligado. Pensei que lhe tinha corrido mal, que não queria falar connosco, que estava a chorar num canto qualquer... Enfim, pensei no pior...

Ligou-me uma hora depois. Estava eufórico, tinha acertado todas as escolhas múltiplas e achava que ia ter entre 18 ou 19. (Entretanto, depois de ver os critérios, já me disse que vai ter 19.)

Eu tremo perante tanto otimismo e custa-me a crer nesse resultado. Não esquecei que sou a mulher e mãe da expetativa baixa. 

Veremos a dia 15/07. 

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