Árvore genealógica

Todos nós já pensámos, nalgum momento da nossa vida, que andamos doidos, que há qualquer coisa que nem sempre bate certo, que o tico e o teco não estão alinhados, que há uma espécie de loucura cá dentro. 

(Não me deixem sozinha nesta crença e abanem a cabeça enquanto me leem, como quem diz "sim, sim, há momentos em que também me sinto chalupa. Não estás só, Tella.")

Bom, na verdade, a minha doideira tem um fundo científico. Descobri que - preparem-se -  os tetravós do meu avô paterno são os trisavós da minha avó materna. 

(Dou-vos um segundo para desfazer o nó no cérebro e... já está.)

Há ali níveis de consanguinidade, que, relembrando o Ricardo Araújo Pereira naquele sketch sobre "Os Maias", podem indicar que as famílias vindouras possam ser tan-tan da cabeça.

Reconfortou-me saber que os meus cheliques me ultrapassam e que a culpa não é minha. É do ADN e não há portanto nada a fazer. Resta-me aceitar o meu património genético, pensar no emoji com as duas mãos a agradecerem e nos hastags #autocomprensão #gratidão ou ainda #deusnocomando.

 

Afinal fazer uma árvore genealógica é mais do que procurar mortos em livros... 

Comentários

Filomena disse…
Os meus avós eram primos direitos, logo tinham os mesmos avós. E agora?