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O Tiago faz 17 anos

 É o maior dos clichés:  o crescimento veloz dos nossos filhos. Ainda ontem cabiam nos nossos braços e hoje temos de levantar a cabeça para olhar para eles. Pfff... O Tiago faz 17 anos. Ele é tudo o que já disse ao longo dos anos. Tenho a sorte de ter um rapaz amável, bem-formado, empático, com sentido de humor e com os valores certos. Dizia-me uma colega e professora dele do ano passado que era impossível não gostar dele. E é mesmo! Sou uma sortuda. 

Leitura de outubro

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Livro 40/2024 : " A selva dentro de casa" de Possidónio Cachapa O livro conta a história de um jovem alentejano que vai para o ultramar e da batalha que trava nas trevas da guerra e do seu sobrinho, criança que frequenta a (terrível) escola primária, e da batalha que este trava no seio da sua casa.  É muito bom. 5 estrelas.   Li pouco este mês. Estive 3 semanas sem ler, com exceção de alguns contos deliciosos do Miguel Torga, dois do Eça e do Mia Couto para ajudar o meu filho mais novo nas aulas de Português.     

Aquele post fútil, mas talvez útil...

Acabei as férias com 62 kg. Quis, como sempre quero, perder peso. Apeteceu-me consultar um nutricionista para me ajudar porque queria ter em conta a minha saúde (que uma pessoa não vai para nova...). Lembrei-me então do livro "21 lições para o século XXI" de Yuval Harari que diz que a Inteligência Artificial, dentro de poucos anos, irá substituir médicos que fazem diagnósticos porque a máquina já consegue prever as nossas futuras doenças a partir de vários exames e perfis genéticos e que consegue ajustar as nossas necessidades nutritivas tendo por base isso tudo. Queria fazer uma dieta que tivesse em conta os meus dados clínicos. Experimentei então o chat GPT. Submeti exames médicos à IA, que constatou que estava no limite da anemia, como sempre. Dei-lhe também informação quanto ao meu peso, altura, e dados biométricos do meu relógio e pedi-lhe um plano alimentar (com receitas, senhores!) que tivesse em conta as informações fornecidas.Foi fácil de seguir o plano porque todas

Leituras de Setembro

No outro dia, entrei numa livraria e senti saudades do livro físico. Não me apetece agarrar no meu kobo neste momento. Não estou a ler nada agora porque não me apetece. Livro 35 /2024 : "Uma rapariga judia em Paris" de Melanie Levensohn. No outro dia, há meses, nos CTT, enquanto esperava pela minha vez, folheei o livro. Prendeu-me logo porque dizia, na badana, que a personagem retratada existiu, desapareceu durante a segunda guerra mundial e que a família fez uma investigação para a encontrar, sem sucesso. A partir dos documentos,  a autora retrata o que lhe aconteceu.  Gostei do livro e dei-lhe 4 estrelas.  Livro 36/2024 : "Le jeune homme" de Annie Ernaux. Sem pudor, a autora descreve a relação amorosa que teve com um homem 30 anos mais novo do que ela. Annie, sempre genial. 5 estrelas.  Livro 37/2024 : "A Canção do Rio" de Eleanor Shearer. É a história de uma escrava que foge da plantação onde trabalha, numa ilha do Caribe, e decide ir à procura dos fil

Da idade

A sala de professores está cheia de gente nova. Têm quase idade para serem meus filhos. Alguns têm cara de bebés e ar assustados. Eu meto conversa com eles todos porque sei que é difícil a integração numa escola com um corpo docente envelhecido que trabalha junto há muitos e muitos anos. Há pouca mudança naquela escola. Falam comigo na terceira pessoa do singular. Insisto na segunda pessoa. Dizem que sim, com sorrisos mais ou menos forçados, mas não conseguem ou não querem.  Recordo-me então do meu primeiro ano naquela escola, com 23 anos. Não tratava ninguém por tu, por mais que pedissem. Fui durante muito tempo uma das professoras mais novas do sítio. Quando cheguei aos 30 e muitos é que comecei a tratar os colegas mais velhos por tu. O meu colega de inglês,  com a idade que tenho hoje,  dizia-me "fazes-me sempre sentir velho. Um dia vais perceber ".   Percebi agora. 

De regresso à rotina...

Voltaram os jogos de futsal aos fins de semana. Se por um lado vibro ( muito) com eles, por outro também os considero uma seca. O vibrar :  Hoje fui a mãe que bateu palmas, que diz "olha o Afonso", "olha as costas", "o 88 vai rematar, cuidado!" ou, ainda e sempre, " CUIDADO, O PEDRO ESTÁ FORA DA BALIZA!" , que isso de jogar de 5 para 4 mexe-me cá de uma maneira que nem imaginam, que incentivou a cria com um "Boa, Pipão!", que bateu palmas, que cantou (sim, acontece sempre...), que disse um ou outro palavrão, que disse "meu rico filho" ao ver grandes defesas dele, que festejou cada golo e cada defesa de pé,  com o punho levantado, como ele faz, que ficou orgulhosa quando a sua cria marcou um golo, que criticou (se calhar não tão baixinho quanto isso) um ou outro jogador da equipa (shame, i know) e que gritou "é falta, pá!". A seca: "Podia estar na praia, mas em vez disso, estou num pavilhão na Cova da Piedade, a

Quando é que sabes que tens filhos crescidos e que não vais para nova?

Ontem, sexta-feira à noite, o mais novo no Avante! , o mais velho no Bairro Alto e eu na cama à meia-noite.