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Dia da mãe...

Vieram acordar-me às 8h40 para me pedir boleia. Iam ter com os miúdos que treinam para um jogo qualquer. Como chove muito, acharam por bem pedirem boleia em vez de irem a pé.  Levantei-me e arranjei-me em minutos. Tinham de lá estar às 9h. Saímos. Já no carro, levo com uma reposta super mega torta de um deles.  Porra. Nem no dia da mãe. Chamadas de atenção,  suspiros, revirar de olhos e pedido de desculpa.  Nem sempre é fixe ter filhos. Nem sempre é fixe ser mãe.  E apesar disso tudo, continuamos a amá-los incondicionalmente.  Ser mãe é do caraças. 

Dia do trabalhador

Foi depois de ler  Germinal de Emile Zola que dei verdadeiramente importância a este dia. ..  E foi só depois de ter lido o livro que passei a ir à manifestação organizada pela CGTP porque me apercebi, parafraseando José Mário Branco, o  que nós andamos para aqui chegar... Decidi que devia celebrar na rua os direitos que hoje temos graças à luta de muitos trabalhadores. Não tem valor político para mim, é o reconhecimento de um combate que se travou (e que se trava).  O livro é uma coisa espantosa. E se ainda não leram  Germinal , aconselho vivamente a fazê-lo. 

[Mais uma pessoa a falar do] Apagão

Estava no intervalo das aulas quando a luz se foi abaixo. Disseram-nos para estar atentos ao relógio porque não haveria toque de entrada. Às 11h45, vá, 11h48,  fui dar aulas sem luz até as 13h15, sem saber de nada.  (Na minha escola, os telemóveis são proibidos há pelo menos 23 anos...Verdade.) Achei no entanto estranho sentir o meu relógio a vibrar tantas vezes seguidas com chamadas do pai cá de casa. Pensei que se calhar tinha acontecido algo ao meu pai.  A aula acaba, regresso à sala de professores onde posso, aí, mexer no telemóvel e ligo para o pai cá de casa que me avisa da situação, mas sem saber grande coisa. Russos, chineses ou o c@&%@lho, como dizia a outra.  Dizia-me ele no fim "despeço-me de ti. Foi bom estarmos juntos!". Rimos.  Logo de seguida, fico sem telemóvel até as 23h00.  Suponho, e bem, que os miúdos estão a caminho de casa de autocarro.  Dou aulas até às 15h15, com apenas 13 alunos. Os outros foram para casa. Um pai apareceu à...

Sempre

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Ano após ano, o 25 de Abril continua a ser o dia mais bonito, mais alegre e mais importante do ano. 

Livro 10/2025

 " Nem todas as árvores morrem de pé " - Luísa Sobral É um livro que nos conta a história de mãe e filha na RDA e dos caminhos que trilharam para alcançar a liberdade.  Gostei, mas não achei nada de extraordinário. Há um conjunto de clichés e de personagens pouco desenvolvidas, mas a narrativa é fluída e prende-nos.  3,5

Livro 9/2025

"A conspiração contra a América" - Philip Roth E se Roosevelt não tivesse ganho as eleições nos EUA em 1940? E se um presidente pró-Hitler estivesse na Casa Branca em vez dele? Qual seria a sorte da conunidade judaica nos EUA?  O livro conta-nos como o jovem judeu Philip Roth e a sua família veem a subida do antissemitismo e  reagem ao medo.  Há passagens do livro que nos remetem imediatamente para a situação atual. É incrível a semelhança entre muitas partes dessa distopia e a realidade... Há passagens que gostei muito e há outras mais aborrecidas, sobretudo aquelas que dizem respeito ao sistema político americano.  Recomendo a leitura. 4 estrelas. 
Às vezes, penso em vir cá para escrever um post. " Olha, tenho de escrever sobr e isto ", " eh pá,  tenho de digerir esta cena no blog" ou ainda "tenho de  registar no blog para reler dentro de 10 anos" . E nada sucede, porque a vida vai acontecendo, segue o seu caminho e outras coisas vão ocupando a minha mente. A ideia ou a coisa pensada, que nunca é assombrosa, ja sabem, foge-me e fica o vazio. Não me refiro ao vazio existencial ou àquela  linha do electrocardiógrafo. Também não é o vazio da escrita, porque, convenhamos, não sou nenhuma escritora. É apenas o momento em que nada sobra para relatar.  Não sei se é bom ou se é mau.  Por exemplo, quis escrever sobre o meu mais novo, um ataque de fúria e a minha incapacidade em gerir as emoções dele. Depois passou, porque fiquei a saber que o meu mais velho tem uma namorada e que sou a única a supostamente não saber. O mano sabe. O pai sabe. O tio sabe. A avó sabe. Os meus colegas sabem. Eu supostamente não s...

2 anos

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Acabei de ler o post da Carolina sobre os seus mortos, talvez por isso é que escrevo este.  A minha Aida morreu há dois anos. Às vezes parece que foi ontem, mas na maior parte das vezes, parece que foi há mais tempo.  O tempo psicológico tem muito que se lhe diga. Pena eu nao saber o que dizer sobre ele.  A minha avó, com quem sonhei apenas duas vezes, que me lembre, faz-me falta, mas falo dela, pelo menos, todas as semanas.