Hoje o meu mais novo teve o último jogo oficial com as cores do clube dele. Acabou o campeonato.
No fim do jogo, vão sempre dar o grito final com a bancada. O mister resolveu dizer coisas bonitas e simpáticas, de certeza, mas eu não estava em condições de o ouvir por causa da comoção que tomou conta de mim. O Pedro chorava baba e ranho. Todo ele tremia. Como capitão, ele dá sempre o grito. Pensei que não o fosse fazer, por causa das lágrimas que lhe caíam copiosamente pela cara abaixo. Fê-lo, porque foi o seu último grito oficial. Capitão até ao fim.
Custou-me muito ver a tristeza do Pedro. O CDG é uma das suas paixões, mas é hora de partir... Veremos se consegue aguentar o ritmo da 1a divisão nacional. Quero acreditar que sim, mas não sei... (já me conhecem, sou mãe de baixas expetativas...).
Custa-me também deixar aquele escalão. São pais com quem estou há 8 anos. Não são amigos, porque eu sou pouco de ter amigos, mas são pessoas que estimo, com quem já me diverti e convivi muito.
Haverá a grande despedida num torneio de Lamego: 4 dias de futsal. Aí será efetivamente o fim do meu filho no CDG e o meu nas bancadas a gritar, apoiar, rir, dizer palavrões e cantar.
O Pedro também não é o único a sair. O pai cá de casa abandona as funções de treinador de guarda-redes para se dedicar em exclusivo à coordenação de futsal do clube. Também me entristece, confesso, porque sei que ele também está triste.
Comentários
Mas é hora de abraçar novos desafios e sair da zona de conforto. Será para todos… é isso uma vida vivida…