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A mostrar mensagens de janeiro, 2025

Bom dia, D. Clotide!

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Sobre a publicação anterior, também não sei como ou porquê!  Lembram-se disso ? C'est la même chose! 

E janeiro que nunca mais chega ao fim, hein?

Bolas, mais uma segunda-feira de janeiro!  Coragem, gente forte! 

Livro 3/ 2025

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 "Encontrar-me" de Viola Davis Este blog falou de vários livros onde os negros, nos EUA, são invisíveis. Relembrou a autobiografia da Viola Davis, cujo livro já tinha há algum tempo por causa do postcast "Vale a Pena". Achei que era o momento de o ler antes que me esquecesse dele outra vez. A atriz fala da sua infância marcada pela pobreza, violência e abusos. Fala-nos também da sua cor de pele. O livro retrata bem a invisibilidade a que foi sujeita ao longo de décadas.  Gostei do livro. Fiquei de boca aberta ao ler as coisas pelas quais passou. De uma pobreza extrema aos palcos de Hollywood, que superação, que corajosa, que sobrevivente!  3 estrelas.

15 anos do Pedro

 O meu mais novo já faz 15 anos. O meu pequeno comuna, que ouve Zeca e Sérgio,  que idolatra Che, que sonha em mudar o mundo e torná-lo mais justo. O meu pequeno guarda-redes, que voa muitas vezes para defender bolas incríveis  e que sonha com altos voos, mas que sofre por antecipação de saudade do clube onde está, numa hipotética ida para uma equipa de outro calibre.  O meu pequeno namoradeiro que tem de ter sempre uma namorada e a quem já pedi para ter juizo mazé , que "não quero ser avó, ouviste?" O meu pequena burguês, que gosta de comidas caras e finas e de conforto e que já me pediu para não o tratar assim porque se sente ofendido. O meu pequeno rapaz bem resolvido que não faz fretes por ninguém,  que diz demasiadas vezes o que pensa e a quem faltam filtros de convivê ncia social. O meu pequeno sigma boy, como se auto intitula, que não sorri para muitas pessoas, só para aqueles de quem gosta muito. Se nunca vos sorriu ou se nunca se riu convosco, já sabem...

Bingo neurótico

Janeiro sem fim à vista, subida da renda de casa, dinheiro a escassear na conta e o raio do mês que não chega ao fim para lhe dar algum oxigénio, céu cinzento, trânsito difícil, aproximação perigosa ao limite de quilos estabelecidos no dia 31/12, pés gelados, cabelo em dia não, humidade que não ajuda o cabelo, que acordou com vida própria, como disse anteriormente,  três borbulhas na bochecha, menstruação,  espera demasiado longa para levantar o passaporte do mais velho, que não tendo ainda 18 anos, não o pode levantar, coitadinho, almoço nheca nheca,  salas de aula frias, roupa que não seca, cesto da roupa suja cheiíssimo, filhos adolescentes que dão respostas tortas e que finges não ouvir para não estragar o jantar, que, na verdade, foi estragado e a escassez do vinho que só deu para um copito ao jantar. 

Quando é que sabes que não vais para nova?

 Quando o teu mais velho sai de casa para o Bairro Alto às 23h45 e lhe dizes, de repente, quase sem respirar: -  Ai filho que vais para a rua à hora que deves ir para a cama! Podia ter dito também " Ai filho leva um casquinho que te constipas!", mas achei que proferir duas afirmações desse calibre de seguida era too much...

Livro 2/2025

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 "Um tambor diferente", de William Melvin Kelley Por regra, sei sempre como chego aos livros. Uma review num blog (sempre os blogs!) Ou no Goodreads, uma recomendação dos meus amigos ou conhecidos,  um artigo num jornal, etc. Neste caso, não sei por que razão tenho o livro há tanto comigo. Por isso, depois do meu olhar se cruzar com o título tantas vezes, d ecidi-o ler sem saber rigorosamente nada sobre a narrativa ou o autor. Pensei que se o arranjei em 2023 é porque valia a pena. É a história de um negro, nos anos 50, num estado imaginario sulista dos EUA que resolve cobrir a terra da sua quinta com sal, queimar a sua casa e partir. Depois disso, todos os negros do estado partem também. A narrativa é contada por brancos, com vários pontos de vista. As palavras são escolhidas a rigor. As meias frases fazem-nos pensar nas mensagens que vão ser ditas ou que querem ser ditas.  Não há ativismo político nem demagogia. É uma história sobre coragem,  homens, mulheres e son...

Óscar de melhores pais

Jogo do meu mais novo às 19h. Final da taça Nao sei quê Benfica - Sporting às 19h45.  Já que estamos os 3 (Pedro, pai cá de casa  e eu) fora de casa, o Tiago pede se pode convidar 5 amigos a ver a final em casa.  Anuimos.  O jogo do Pedro acaba (ganhámos!) e saímos do pavilhão quando ainda faltam 30 minutos para o fim do slb-scp.  Então,  numa busca constante para a estrada do paraíso dos pais mais fixes ever , sugiro uma ida ao restaurante X onde poderão ver a parte final do jogo da bola e assim deixar o mais velho à vontade com os amigos em casa.  O meu mais novo até nos disse "foram mesmo fixe com o mano".  Não foi só a estrada para o paraíso coiso ever que encontrei. Foi a entrada direta!  Entretanto chegámos a casa e tenho seis marmanjos a jogar FIFA na sala. Vim para o quarto. Depois da entrada direta, conquistámos o tapete vermelho.  Oh yeah! 

O silêncio dos blogs

Uma blogger bastante conhecida nos tempos áureos da bloglosfera voltou a escrever. Até me comovi, porque vi nisso um regresso, não às origens porque teríamos de regressar ao mirc ou ao hi5, mas a um mundo menos frenético e menos ruidoso, ou seja, aos blogs.  Um blog, para mim, será sempre um espaço de silêncio comparativamente com o barulho incessante das redes sociais. Um blog é um local mais moderado, de reflexão ou de pensamentos (nem sempre profundos no meu caso, je sais ) e onde, parece-me, o algoritmo não entra. Nas redes, tudo acontece ao mesmo tempo. As opiniões surgem em catadupa e há um fluxo constante de informação que me atrofia. Estou cansada de receber inputs de todos os géneros, que me mostram só um lado, que me tentam moldar o pensamento ou afunilar o pensamento e que me dão a ideia do que preciso sempre de ter uma opinião sobre algo (e muitas vezes sobre coisas cujos contornos quase desconheço). Sim ou não.  Like, unlike . Útil ou inútil.  Num mundo che...

O boost dos últimos tempos

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Aninhada com os meus gatos, numa preguiça sem fim, depois de mais um dia de trabalho, olho para o teto.  Eles estão fechados no quarto ou foram sair. Por vezes, o pai cá de casa está a trabalhar por cá e ouço-o a martelar gentilmente as teclas do computador. É uma melodia tranquila que enche a casa.  Há algo de reconfortante na rotina dessas pequenas coisas.  São apenas 15 - 20 minutos, mas dão-me o  fôlego necessário para as horas seguintes.  

Livro 1/2025 (e uma espécie de resolução de ano novo)

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Acabei de ler o primeiro livro do ano: "Palavra do Senhor", de Ana Bárbara Pedrosa, que é o livro do mês do Clube de Leitura onde me inscrevi no dia 3 de janeiro.  Há já algum tempo que queria fazer parte de um Clube de Leituras, mas nunca tinha acontecido porque:  i) acho que vou dizer coisas comuns e, convenhamos, para isso, mais vale ficar quieta, pois o mundo já está cheio de banalidades; ii)  os Clubes de Leitura são coisas que já duram há anos, com leitores que já se conhecem há muito, e sentir-me-ia uma intrusa; Por que razão me inscrevi agora? Sei lá! A cena ano novo, vida nova pode ter tido uma quota parte na minha resolução, assim como a escritora escolhida para iniciar 2025 e o facto da discussão ser online. Já li o livro, já sublinhei frases ou parágrafos que achei pertinentes, já me juntei à comunidade do Clube de Leitura no Whatapps, onde, por enquanto, está toda a gente em silêncio, à espera do que alguém diga alguma coisa, sem ser o "Bom Ano" da a...

Considerações sobre o ano novo

Nunca é combinado, mas tenho ideia que um de nós começa o primeiro dia do ano ressacado alternadamente. Simbiose perfeita: ano sim, ano não, de forma inconsciente, um de nós percebe que pode ir para além de Badgad, pois o outro segura as pontas. Cumplicidade também é isso, certo?  Este ano, benzadeus, foi ele. Comecei bem 2025.  Bom ano! (E de repente, acho que percebi que deixei de dizer Feliz Ano Novo...)