Entrei em 2018 com o pai cá de casa e os meus filhos em frente à capela da aldeia, contando as 12 badaladas. Para mim fez todo o sentido fechar 2017 e começar 2018 no símbolo dos Lugarinhos. Afinal de contas, 2017 tinha sido o ano em que estreitámos (ainda mais) os laços com a nossa terra. Embora não o soubéssemos ainda, 2018 foi também um ano em que voltámos a marcar presença na festa da aldeia, participando na sua organização. Dessa festa, que é uma grande entrega e um árduo trabalho, resultaram sentimentos e emoções fortes, amizades sólidas, histórias, músicas e anedotas hilariantes, fotos tiradas às 8h00 da manhã depois de uma noite de trabalho e lágrimas vertidas por causa de um abraço, de um som ou de uma recordação. [Quando éramos miúdos, a procissão fazia-se acompanhar de foguetes. Durante 20 anos, deixámos de os ouvir. Em 2018, fizeram-se ouvir novamente. No momento em que rebentaram, o pai cá de casa e eu trocámos olhares e num segundo, os nossos olhos encheram-se de lá...