Li esta crónica na revista actual do Expresso e projectei nas suas palavras a figura da mãe que quero ser, que queria ser, que tento ser. O artigo chama-se MÃE. “A minha mãe era o absoluto da minha vida. (…) O amor, ao mesmo tempo lúcido e louco, que, em todos os instantes, nos entregava, a mim e à minha irmã, iluminou a nossa vida e é-nos agora um sol interior. Sabemos que o melhor que somos vem dela. (…) Em casa, era uma rainha sentada no seu trono, a quem toda a gente reconhecia e prestava homenagem. O meu pai adorava-a. As amigas adoravam-na. Os filhos e os amigos dos filhos adoravam-na. (…) Esta é a hora em que me lembro de todos os meus dias, desde o nascimento, pois ela está em todos eles. Às vezes, está neles mais do que eu. Guardo nos meus olhos o seu rosto belo. Nos meus ouvidos, a sua jovem voz. Guardo n meu coração a memória das suas mão. (…) Aos 85 anos, estava activa e lúcida como poucos. Fazia a sua vida como sempre fizera. Há dois meses, uma dor numa perna revelou ...