Ontem, dia 21, o Pedro fez 14 anos. Está incrivelmente adolescente. Pediu uns ténis como prenda e um único bolo de anos para partilhar com a equipa de futsal. Não me deixou partilhar nenhuma foto dele a dizer "14 anos de ti, Pedro". Oscila entre o zangado e o eufórico. Tudo é uma seca. Estar com os pais é seca, ver um filme é seca, estudar é seca, a escola é seca, falar com adultos é seca, fazer qualquer coisa é seca and so on. Tudo, basicamente, o aborrece. Apesar disso, quando não está a canalizar os males que o assolam para mim ou para os outros, é um puto muito fixe, com sentido de humor e decidido. Não dá nas vistas. Passa despercebido para aqueles que não aprecia. Quando gosta das pessoas, faz-se ver. Nas minhas pesquisas sobre os nossos antepassados, encontrei uma foto de um bisavô. Mostrei-lhe e foi ele que me chamou a atenção para as parecenças físicas entre ele e o seu tetravó. É incrível, de facto. Agora, olho para ele e vejo a família do meu avô materno. E