Skinny Love
Enquanto oiço em modo repeat esta música do Bon Iver, tenho vontade de escrever. Escrever coisas sem nexo (ou não) e não reler. Deixar assim os dedos teclarem aleatoriamente (ou não) e escrver o que me passa pela cabeça. Caralho, há muito tempo que me apetece fazer isso. Escrever aqui, mesmo que seja para não dizer nada. Dizer que me sinto ora triste, ora feliz. Que ando numa corda bamba, sem saber o que fazer. Que ando a btincar a não sei quê. Que os meus filhos merecem uma mãe melhor do que isso. E esse "isso" nem sei o que é. Que a música que estou estou a ouvir está agora a entrar-me pela peito adentro ou será esta escrita irrefletida a fazê-lo? Não sei. Não sei grnade coisa, está visto. Estou meio a nora. E esta música a entrar-me aqui dentro. Nem percebo porquê. E eu, neste momento, já nem olho para o ecran. Nem sei o que escrevi. Sei que não interesssa a ninguém. Je m'en fous! Escrevo na mesma. Escrevo para tentar exteriorizar merdas que cá tenho. E os meus filhos? E Tella, os teus filhos, sangue do teu sangue? O que andas a fazer? Mas porquê agora? Foda-se, que estou mm baralhada. Que me sinto perdida, com vontade agora, neste preciso momento, de chorar. Mas já há muito tempo que não choro. Deve-lhe isso a ela que me ajudou a controlar as minhas emoçºoes. Eu já fui uma gaja que se fechou três horas numa casa de banho e chorar sem saber bem a razão. Hoje, não sou capaz de verter uma lágrima, mesmo qunado acho que deveria fazê-lo, só para aliviar, um pouco como a masturbação. Só mm para aliviar. Nada. E o silêncio. Aquele silêncio que incomoda, que mina, que fode. Uma merda. E estar em negação? Tb é lixado. É como varrer o pó para debaixo do tapete. Já fui pró nisso. Foram muitos anos a esconder n merdas debaixo do tapete. Agora a limpeza é mais difícil. Dolorosa.
Who will love you? pergunta a música.E ando cansada, como qualquer mãe, ando cansada. Durmo pouco. Acordo antes do relógio despertar e com sono, mas sem conseguir dormir. Só queria fechar os olhos e ficar off, seja lá o que isso for. Há momentos em que realmente acho que não tenho estrutura para nada. Outras em que acho que depois de ter desconstruído a casa, começo a colocar novos alicerces e a reconstruir uma nova. Mas esta construção demora demasiado tempo. Pelo meio, quem se fode sou eu, que ando a chuva, sem abrigo.
E o meu trabalho, que gosto cada vez. E a relação com os putos que é cada vez mais afetiva e por isso, melhor em todos os sentidos. Uma descoberta muito boa. E o Gonçalo S. que me fez ver que não sou assim tão má quanto penso. E estas frases todas sem nexo a começarem por e. Ui!
A minha borboleta, que é do mais simbólico possível, do mais eu possível, que me lembra tanta coisa, que é mais do que uma borboleta.
E tu, que ficaste no cimo do escadote, que não me deixaste passar, que te sentaste sem esperar por mim? Contempla o que fizeste. És a minha melhor lição.
[o dia de hoje foi do caralho]
e é tudo por agora. Acho eu. Não vou reler nada do que escrevi, para não cair na tentação de apagar o post. Amanhã talvez o apague. Mas agora, não me apetece. Não diz nada, dizendo tudo ou o contrário, nao sei. Mas eu sei pouca coisa.
Comentários
Andamos no mesmo barco, e por vezes o que apetece dizer é mesmo isso :)
Beijinho muito muito grande para ti.
Do outro lado do muro nem sempre as coisas são como parecem.
O caminho és tu. E entender que o que sentes pelos outros está neste momento dependente do que sentes por ti e pela vida que criaste e que imaginaste.
É percorreres rua por rua as tuas próprias dimensões.
E isto é não dizer nada, tu já disseste tudo.
Beijos
Gabs
Gabs
Deixar que as palavras saíssem como se de terapia se tratasse
Porque é lixado ser, constantemente, uma panela de pressão: bem fechadinhas ao lume a encher, encher, encher
Não há pipo que aguente!
Ou estoura a panela ou fica tudo demasiado cozido
(a seguir vou ver essa música, que se é assim tão catártca talvez precise dele também...)
Beijos Tella
Beijo grande
Beijo e não apagues.